Comandante e sub comandante do 15º de Polícia Mlitar
Passada a comoção pelo desaparecimento de um helicóptero com cinco ocupantes, na rota Jacareacanga-Itaituba, no Oeste do Pará, e a emoção do resgate, felizmente com todos sãos e salvos, uma questão relevante ficou evidente: o que faziam o comandante e o subcomandante do 15° BPM no garimpo, em helicóptero que não é da PMPA e ainda levando uma criança?
Diante dessas indagações, o promotor de justiça militar, Armando Brasil, já requisitou à Corregedoria da Polícia Militar do Pará a abertura de Inquérito Policial Militar-IPM para apurar a intrigante situação.
É que toda missão policial deve ser precedida de uma Ordem de Serviço-OS, com autorização do Comando Operacional da Corporação, mas no presente caso em que um helicóptero com o comando da Polícia Militar ficou desaparecido, não se sabe da existência que qualquer OS.
Diante dessa situação, restou uma grande interrogação que precisa de respostas. Se era missão, por que usaram helicóptero particular e o comandante, Major Campos, levou seu filho criança?
Por outro lado, se era viagem particular, por que os dois oficiais estavam juntos e isso não foi explicitado, vez que não estão em férias?
Causou estranheza, também, o fato de o proprietário da aeronave não ter comunicado imediatamente o sumiço. Só deu alerta quando percebeu que não iam resolver sem as buscas da Aeronáutica. (Fonte: Jota Parente, via blog uruatapera)
Nota do Blog: O subcomandante do 15º BPM, Capitão Éder, posicionou-se na postagem original, com o comentário abaixo, transcrito na íntegra:"
Primeiramente Jacareacanga não é Garimpo, e embora haja garimpos na região, não fomos a nenhum porque nossa missão era em Jacareacanga.
Segundo, o helicóptero não estava sendo usado na missão ou para a missão, e somente foi utilizado para o deslocamento entre Jacareacanga e Itaituba, pois, nesse caso, nossas viaturas estavam empregadas em missões e não poderíamos tira-las da localidade somente para nos levar para Itaituba.
Em terceiro lugar, estávamos juntos porque trabalhamos juntos, como Comandante e Subcomandante do Batalhão, e este último atuando ainda como Comandante do Grupamento Tático Operacional - GTO/CPR-X, que está empregado na missão em Jacareacanga, missão esta que resultou na localização e neutralização de um homicida, apreensão de 3 (três) armas de fogo, prisão de traficantes e apreensão de drogas.
Em quarto lugar, se você não sabe da existência de uma Ordem de Serviço, então procure se informar, ela existe, e minha ida para Jacareacanga com o efetivo de 17 Policiais Militares no dia 01/09/2020, foi por ordem do Cmt do CPRX, com Ordem de Serviço, autorizada pelo DGO e Cmd Geral da PMPA.
E o Comandante do Batalhão não precisa de uma O.S. para se deslocar para um Pelotão ou Posto Policial Destacado que faça parte da circunscrição do seu próprio Batalhão, e esse deslocamento se deu pela missão que estava em andamento e exigia sim a presença do Comandante, como é de praxe nas unidades operacionais da Corporação em missões e ocorrências de grande relevância.
Quanto aos demais questionamentos, não fazem o menor cabimento. Quanto ao filho do Major, por exemplo, se o transporte era particular, porque ele não poderia ser transportado de uma cidade a outra, na companhia do seu pai, em um transporte particular?
E quanto a estarmos juntos em um transporte particular "sem estar de férias", não faz o menor sentido essa colocação, pois estávamos apenas retornando para a cidade de Itaituba, sede do 15° BPM, devido a necessidade do nosso retorno para cumprir com nossas obrigações e atribuições de Cmt e Subcmt do Batalhão.
Quanto ao proprietário da aeronave e o momento da comunicação do fato, não podemos tecer comentários pois não sabemos o que de fato ocorreu enquanto estávamos incomunicáveis naquele local aguardando o resgate.
Quanto à região de Jacareacanga e Itaituba serem historicamente conhecidas pelas práticas de diversos crimes, era exatamente o cometimento de crimes que estávamos combatendo em Jacareacanga, empregando efetivo especializado, implementando estratégias de combate ao crime, e obtendo resultados como mencionei acima.
E da mesma forma trabalhamos em Itaituba e em toda a região, fato este que está comprovado com a estatísticas de produtividade do nosso Batalhão.
E se de fato foi requisitada a Instauração de IPM, que é uma peça inquisitiva para apurar se em determinada circunstância há ou não cometimento de crime ou transgressão da disciplina, então estamos certos de que ficará provado tudo o que afirmamos acima, e nenhuma dessas suspeitas prosperará.
Portanto, se a senhora não conhece, se a senhora não sabe, então procure se informar. Se tivesse ligado, buscado a informação, teria recebido todas essas respostas. Mas o que fica evidente é a sua intenção desesperada de levantar dúvidas, suspeitas infundadas, desacreditar profissionais sérios e íntegros, de maneira maldosa e leviana.
Saiba também que estaremos entrando com uma representação contra a senhora por tentar nos desacreditar e sugestionar a nossa associação com atividades ilegais.
P.S.: Se a senhora está tão bem informada, então vá procurar o "quinto ocupante" do helicóptero, pois ele ainda está desaparecido."
