A cidade de Aveiro, sudoeste do Pará e à margem esquerda do majestoso rio Tapajós segue firme em sua sina de não ter sorte com gestor municipal...
A 'obra' desta vez é o tão decantado em vários versos e prosas, cais de arrimo aveirense, a 'joia' da campanha de reeleição do atual prefeito Vilson Gonçalves. Mas, pelo jeito, a joia caiu do anel com uma chuva...
O relato abaixo é da internauta Socorro Paes, que publicou em sua página do Facebook sua revolta com a obra de péssima qualidade
"CAIS DE ARRIMO EM OBRA NO MUNICÍPIO DE AVEIRO FOI DESTRUÍDO PELA AÇÃO DA CHUVA.
Bastou um pequena chuva para se consolidar o que as pessoas até então consideradas leigas em construção civil haviam previsto, de que o Cais de Arrimo devido a péssima qualidade do serviço não demoraria 1 ano para aparecer os primeiros problemas.
Assim sendo, o referido empreendimento oriundo do governo federal orçado em R$ 5.750.969,85, que conforme placa que não descreve o início e término da obra, apenas que a mesma será concluída em 1ano através dos serviços de construção da empreiteira IS SOLUÇÕES.
Vídeo 01
Logo após o desabamento do serviço em construção conforme documento fotográfico, foi motivo de duras críticas, chacota e zombaria pela comunidade aveirense. Visto que, um Cais de Arrimo é um velho sonho da comunidade aveirense ao longo de 239 anos de sua emancipação.
A população esperava um cais duradouro e sustentável. Em resumo, esse projeto está sendo taxado como: OBRA FARAÔNICA, PRESENTE DE GREGO E OBRA ELEITOREIRA AS VÉSPERAS DAS ELEIÇÕES. ACONTECEU, VIROU NOTÍCIA!" Por: Socorro Paes
Vídeo 2
Além da indignação da internauta acima, outro aveirense, mas que pede anonimato por temer perseguição do governo municipal, demonstrou sua indignação e mandou diversas imagens acerca desta obra que, conforme o documento enviado, deveria ser construído com placas pré-moldadas de concreto armado atirantado, mas pelas imagens abaixo, não foi isso que ocorreu.
Pelas imagens, nota-se que é um serviço muito mal feito, onde as colunas do guarda-corpo estão mal colocados e, com certeza, não estão nem meio meio metro dentro do concreto; sabe-se que, com a enchente do rio Tapajós, alguns barcos irão atracar no cais e usarão essas colunas para amarrar a corda. E, em consequência, essas pequenas colunas poderão se soltar.
Nas imagens acima e abaixo, percebe-se claramente que a encosta do cais de arrimo não foi feita com placas pré-moldadas, bem como não se vê nenhum perfil (coluna) para encaixe das placas pré-moldadas.
Em conversa com um engenheiro civil itaitubense, este afirmou que a obra está muito feia, tem muita broca no concreto, que são esses buracos (bicheiras) e que se não colocarem um reforço que não seja só de cimento, pois com o banzeiro e o baque das embarcações, e outros fatores, que vão ocasionar o desequilíbrio dessa estrutura, pois a água pode entrar no concreto e o aterro protegido pelo concreto armado poderá ceder, rapidamente haverá uma perda considerável da obra e, consequente prejuízo ao erário municipal, o que já ocorreu com o afundamento da parte onde havia sido colocado os bloquetes, e conforme se verifica nos vídeos acima.
E, conforme afirmado pelo engenheiro civil, deu-se o esperado conforme vídeo 01 e 02, ou seja, o aterro cedeu por causa do serviço mal feito com o dinheiro público e com a primeira chuva. Deve-se ressaltar que ainda não estamos no famoso inverno amazônico, mas com apenas uma pequena quantidade de chuva, boa parte do serviço foi varrido com a chuva.
A placa pré-moldada de concreto armado atirantado é um componente construtivo projetado em parâmetro vertical de taludes e paredes de escavações para conter esforços de empuxos do solo, impedindo o desabamento de encostas. O sistema é classificado como obra de infraestrutura e empregado, sobretudo, em construções rodoviárias e subsolos de edificações.
Abaixo, imagem de uma encosta com placa pré-moldada de concreto armado atirantado.
