Itaituba, situada no sudoeste paraense, e como quase toda cidade pequena, tem uma parcela de pessoas que se intitulam donas dos espaços públicos, principalmente das praças.
Como péssimo exemplo dessa posse exercida a bel-prazer, está a senhora dona da casa da imagem acima, localizada na rua 24a, por detrás da Escola Municipal Gonzaga Barros, que não tolera que ninguém estacione veículos em frente de sua residência, e por atrapalhar sua visão e o vento, colocou três pequenas colunas em cimento no acostamento para proibir que carros estacionem ali; após este blog publicar a imagem com as três colunas, que teve grande repercussão, foram retiradas as colunas; não se sabe se por determinação da PMI ou a 'dona' do pedaço retirou, por livre e espontânea pressão, as colunas. A foto que inicia tal postagem é da aberração feita pela moradora.
A Orla de Itaituba e as praças de nossa cidade estão se tornando espaços privativos de pequenos comerciantes autônomos, que comercializam, em sua grande maioria, alimentos manipulados apesar desses locais não possuírem condições adequadas de higiene para o desenvolvimento dessa atividade.
Particularmente na Orla, vários carrinhos de churrasquinho, cadeiras, lonas, barracas imundas, estão 'enfeitando' dia e noite um espaço público bonito bem cuidado; o espaço em frente ao terminal Hidroviário (imagem abaixo) é costumeiramente ocupado por donos dos pula-pulas que, após cada dia de trabalho é desmontado e 'jogado' em cima do banco de um pergolado ali perto.
Caminhando-se pela Orla sentido Porto da Balsa, os 'enfeites' se sucedem em uma progressão horrenda; na antiga Sonda, é uma antevisão do que ainda tem por vir em termos de feiura 'arquitetônica'...
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O espaço destinado para caminhada, descanso ou para a simples e bela contemplação do rio Tapajós, está quase que tomado por essas barracas.
Porém, não são somente essas barracas que estão tomando posse do espaço público, pois carros de vendas de sorvetes ficam eternamente estacionados na Orla, assim como um outro veículo de assistência para artigos eletrônicos; os taxistas que ficam à espera das embarcações, apesar de terem dois locais próprios para estacionamento, ocupam todas as vagas existentes a partir da Barraca de Eventos. Mas vá lá estacionar em uma das vagas deles....
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Esses dois veículos se apossaram de parte do estacionamento na Orla |
Porém, como se ainda fosse pouco, apareceram os hippies fedorentos, sujos e mal encarados para ocuparem a calçada com seus panos de produtos, impedindo o ir e vir dos transeuntes, que são forçados a caminhar sobre a via dos ciclistas.
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Área da Sonda |
Entretanto, vale ressaltar que essas ocupações não são de hoje; lembro-me que quando aqui cheguei em novembro/93, em frente à casa do 'povo', havia uma espécie de favela que às vezes se fazia de bar, mas que na calada da noite, servia para todo tipo de atividades ilícitas. Foram retiradas aquando da revitalização da Orla.
Mas apesar de todo o esforço feito naquela época para se manter a Orla com visual limpo, hoje, sabe-se que por falta de pulso dos governos municipais posteriores, as invasões voltaram e para ficar, pelo que parece, e com todo tipo de tranqueira imaginável.
A Orla de nossa cidade está ficando tal qual a praça do Cidadão logo após inaugurada: tomada por toda sorte de barracas. Hoje, é um local sem visitantes!
Mas quem dera se essa ocupação ocorresse apenas e tão somente na Orla. A praça do Congresso, àquela da pomba, é outro 'belo' exemplo de ocupação do espaço urbano público; ali tem barraca de lona de venda completa, com freezer ligado à energia elétrica (não se sabe com autorização de quem, pois, até onde se sabe, a Celpa faz apenas ligações temporárias; mas aberração por aberração, tem essa ocupação do coreto da praça do Congresso (imagem abaixo), onde o 'dono' do pedaço acorrentou seu carrinho à entrada do coreto para 'garantir' seu espaço. Mas ele tem seus defensores. Para o espaço público para que não há interessados em defendê-lo. Aliás, só o setor de fiscalização da PMI que não vê essas coisas?
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As 2 barracas 'estacionadas' na calçada à espera do horário noturno na Orla. |
Voltando à Orla. Às proximidades da Sonda diversas barracas estão diuturnamente apinhadas embaixo da mangueira e ao redor, vendendo diversos produtos; o chafariz, que há muito perdeu seu encanto, agora perdeu sua visão.
Mas perto desses locais acima narrados, o inferno propriamente dito fica às proximidades do box de venda de passagens da balsa que faz a travessia do rio Tapajós, na margem direita; ali estão as piores barracas; uma que se fixou ao calçamento da calçada; diversas pessoas que se alternam entre ingerir cachaça e molestar quem ali fica à espera da travessia da balsa. Precisa-se, urgente, urgentíssimo, da presença do setor de Saúde e de Assistência Social da PMI, sendo que o primeiro é para fiscalizar a manipulação de alimentos e, a segunda, procurar dar um jeito nessas pessoas que sofrem de alcoolismo.
Porém, nem tudo são más notícias. Esses dias o amigo Hélio Silva, da SEMINFRA, estava em reunião com os vendedores para que, juntos achassem uma solução para deixar a Orla bem mais atrativa. O público em geral, agradece.
Ah, antes que alguns venham dizer que os ocupantes irregulares das calçadas e passeios públicos precisam ganhar o seu pão de cada dia, vejam o exemplo de D. Joaquina e de D. Terezinha (imagem acima), que há muitos anos usam o espaço em frente ao Hidroviário, mas todas as manhãs esse mesmo local está sem as barracas/carrinhos das duas exemplares senhoras!
Abaixo, algumas imagens da Orla para ilustrar a presente postagem.
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Menino Jesus vandalizado na Orla |