6 de novembro de 2021

CASO MARÍLIA - AVIÃO ATINGIU CABO DE ENERGIA ELÉTRICA, AFIRMA CEMIG

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'É uma área que todos evitam voar', diz piloto sobre queda do avião de Marília
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) confirmou em nota que o avião da cantora atingiu um cabo de uma torre de distribuição da companhia

Agência Estado

(crédito: CBMMG/Divulgação)

"Aquela é uma área que todos os pilotos evitam voar. A gente não sabe por que ele decidiu ir por ali", comenta Rafael Lacerda, que trabalha há dez anos sobrevoando a área de Caratinga, no interior de Minas Gerais, onde a cantora Marília Mendonça morreu na tarde desta sexta-feira, 5, após a queda do seu avião. No início desta tarde, ele comandava um voo que partiu de Viçosa com destino ao município, aterrissando cinco minutos após a previsão de chegada da tripulação que levava a cantora.

Lacerda conta que usava uma frequência de rádio aberta pouco antes de chegar a Caratinga e conseguiu ouvir o piloto que transportava Marília Mendonça dando as instruções para o pouso. "Ele reportou duas vezes que tinha ingressado na perna do vento, um procedimento que a gente usa para pousar. Só ouvi isso e, depois, mais nada. Aparentemente, o avião não estava em pane", relata.

No fim da tarde, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) confirmou em nota que o avião da cantora atingiu um cabo de uma torre de distribuição da companhia, mas não deixou claro qual seria o papel desse choque para a queda da aeronave. Segundo Lacerda, os fios naquela região costumam atrapalhar o pouso, a ponto de ela ser evitada por quem conhece a área.

"Para nós que estamos acostumados, os fios não chegam a atrapalhar. Mas eles estão em um setor de muita aproximação e com o relevo muito alto, então é uma área que todos os pilotos evitam", relata. "Quando eu pousei, passei por cima do local do acidente e não percebi o avião ali." Lacerda explica ainda que o tempo estava claro, com céu aberto, e o sol em uma posição "que não atrapalhava a visualização dos fios".

"A gente coordenou o pouso com ele, porque aterrissaríamos em um horário muito próximo. Eles estavam a um minuto do pouso", conta Glauco Souza, de 44 anos, que também estava a bordo do avião pilotado por Lacerda. "Só soubemos que ele caiu quando pousamos e vimos que ele não estava no aeroporto. Não ouvimos barulho, não vimos fumaça, sobrevoamos ali e não percebemos."

Possível colisão

A Polícia Civil afirmou, em entrevista coletiva na noite desta sexta-feira, que não têm condições de determinar a causa do acidente aéreo, mas encontrou destroços de uma antena de energia elétrica no local da queda da aeronave. "A gente não pode falar sobre a causa do acidente. Há destroços de uma antena que sugere que o avião tenha colidido com essa antena", afirmou Ivan Salles, delegado regional da Polícia Civil de Caratinga.

"A perícia compareceu ao local e fez os trabalhos. Amanhã continuam os trabalhos. Cabe à Polícia Civil acionar a Cenipa para saber as causas do acidente", completou.

Os policiais também foram cautelosos em relação à causa da morte dos ocupantes. "Foi um acidente com uma energia de grande impacto, que causou diversos traumas nos ocupantes", diz o médico legista Pedro Fernandes.

Torre atingida por avião está fora de zona de proteção do aeroporto, diz Cemig

A torre de distribuiçã de energia atingida pela aeronave que transportava a cantora Marília Mendonça e sua equipe, está fora da zona de proteção do Aeródromo de Caratinga, em Minas Gerais. A informação foi confirmada neste sábado (6/11), pela Companhia Energética de Minas Gerais S.A. (Cemig), empresa responsável pelos fios de alta tensão que foram atingidos pelo avião, durante o acidente. O piloto e copiloto do monomotor viviam em Brasília.

Em nota, a companhia energética reiterou, ainda, que segue rigorosamente as Normas Técnicas Brasileiras e a regulamentação em vigor, em todos os seus projetos. “As investigações das autoridades competentes irão esclarecer as causas do acidente. A companhia novamente lamenta esse trágico incidente e se solidariza com parentes e amigos das vítimas”, informou.

A aeronave de matrícula PT-ONJ, modelo C90A, tinha como proprietário e operador a empresa Pec Taxi Aereo Ltda e possuía capacidade para transportar seis passageiros, além dos pilotos. De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o avião estava com o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) válido até 1º de junho do ano que vem. A empresa tinha autorização para operar táxi-aéreo.

Em nota, a companhia reiterou, ainda, que segue rigorosamente as Normas Técnicas Brasileiras e a regulamentação em vigor, em todos os seus projetos. Na foto, demonstrativo da posição da linha de produção(foto: Divulgação/Cemig)


Na rede social está circulando um vídeo afirmando-se que é da queda do avião da cantora. Porém, não se tem muita certeza se tal vídeo retrata este acidente, mas irei postá-lo como comparativo acerca de acidentes da mesma natureza.


Abaixo, primeiras imagens do acidente.


 
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