Uma ponte é a integração entre comunidades e comerciantes, desenvolvendo o comércio e facilitando diversas atividades ao agregar valor aos diversos bens transportados via ponte, mas também pode ser uma grande dor de cabeça para os envolvidos, seja direta ou indiretamente.
Pois é justamente uma dor de cabeça que a ponte construída sobre o rio Jamaxim está trazendo para os construtores e, principalmente, para os donos de embarcações que usam o rio para levar alimentos, combustíveis, remédios e outros materiais que abastecem diversos garimpos, os quais tem o rio ou avião como únicas vias de acessos com a sede do município itaitubense; sabe-se que o transporte fluvial é o mais barato, além da grande quantidade que se pode transportar.
Ponte no período de seca |
Documento informando não haver licenciamento ambiental para a ponte |
A ponte que se está construindo sobre o rio Jamaxim tem importância crucial para os comunitários daquela região e é de suma importtância para o desenvolvimento daquela região, porém, precisa-se levar em conta diversos fatores para uma obra dessa envergadura, principalmente por ser construída em madeira e em rio que tem, em época invernosa, uma grande correnteza, como obedecer critérios técnicos e sócio-econômicos.
Também chegou ao conhecimento do blog de que não há um engenheiro responsável pela obra, que está sendo construída em leito de rio que possui uma grande laje de pedra, o que dificulta a construção e, por este motivo, diversas pilastras/vigas não foram fixadas ao solo com a profundidade necessária; algumas pilastras estão amarradas, de forma precária, às pilastras melhores fixadas no leito pedregoso do rio.
Tipo de embarcações que navegam pelo rio Jamanxim |
Diante disso tudo, primeiramente há quase um mês a Companhia Docas do Pará-CDP fez uma 'vistoria' na obra e na terça-feira, 16, a Companhia Fluvial de Santarém também fez uma vistoria in loco, mas até presente data nada fez; aliás, fez, sim: nada. É sabido que a Marinha quando encontra alguma irregularidade, de pronto embarga a obra até que as adequações técnicas sejam feitas e as irregularidades sanadas.
Alguns proprietários de embarcações vão procurar a Marinha em Santarém e exigir que a navegabilidade no rio Jamanxim seja garantido.
Alguns proprietários de embarcações vão procurar a Marinha em Santarém e exigir que a navegabilidade no rio Jamanxim seja garantido.
Diante desses problemas apresentados, principalmente no que concerne ao impedimento da navegação das embarcações que transportam diversos materiais para o garimpo, já corre um fuxico de que esse pessoal pode atear fogo na ponte se realmente houver obstáculo à livre navegação por causa dessa obra.