29 de setembro de 2017

MATO GROSSO DO SUL - RAPAZ PRESO COM 56 VÍDEOS DE ESTUPRO DE BEBÊS NÃO VAI MAIS PARA CLÍNICA. FICARÁ PRESO

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Justiça Federal mandou processo para Justiça estadual e revogou transferência do suspeito de pedofilia para hospital. Jovem foi preso durante operação da PF em Campo Grande.

Por G1 MS
Programa da PF consegue identificar fotos e vídeos com conteúdo pornográfico infantil em qualquer tipo de mídia (Foto: Reprodução/TV Morena)

O rapaz preso por pedofilia que tinha 56 vídeos de estupro de bebês no celular não será mais transferido para o hospital psiquiátrico Nosso Lar, em Campo Grande. Conforme decisão da 5ª Vara Federal publicada nesta sexta-feira (29), o processo foi remetido à Justiça Estadual e, com isso, a deliberação sobre a internação do suspeito dada na audiência de custódia foi revogada.

Segundo o despacho, os indícios coletados até o momento revelam que as imagens foram enviadas pelo suspeito para destinatários específicos nas redes sociais. Como foi constatada troca de informação privada, que não está acessível a qualquer pessoa, “não foi preenchido o requisito estabelecido pela Corte Suprema de que a postagem de conteúdo pedófilo-pornográfico tenha sido feita em cenário propício ao livre acesso”, fato que foge da competência da Justiça Federal.

Conforme a Polícia Federal (PF), o suspeito está na carceragem da superintendência regional da PF, em Campo Grande, aguardando vaga para algum presídio estadual.

Na Justiça estadual, o processo ainda não distribuído.

Preso na quarta-feira (27), o jovem de 21 anos suspeito de pedofilia tinha mais de 400 vídeos com conteúdo de pornografia infantil no celular, de acordo com o chefe da delegacia de defesa institucional da Polícia Federal (PF), Marcelo Alexandrino. 

“Só uma pasta no celular dele tinha 56 vídeos de sexo com bebês, sexo explícito e sexo anal com bebês”, afirmou.

De acordo com o delegado, o suspeito é um jovem desempregado, que mora com os pais e tinha acesso ao sobrinho. “Mas para a perícia não está constatado que ele chegou a abusar do sobrinho. Esse tipo de operação já serviu para família não deixar ele livre com criança, porque nós pegamos no celular ele enviando foto do sobrinho dele, foto de short, para outros contatos suspeitos.”

Alexandrino disse que o suspeito armazenava, baixava e compartilhava material de pedofilia desde 2014.

“É uma grande quantidade de vídeos e fotos que vão ser analisados pela perícia da Polícia Federal pra analisar se esses vídeos são de outras pessoas, baixados pela internet, ou se esse pedófilo que está preso mesmo produziu esses vídeos, ou seja, se ele aparece nos vídeos. Quem gosta, quem fica baixando esse tipo de material, envia para alguém esse tipo de material de pedofilia ou ele já abusou, está abusando ou na primeira oportunidade que tiver vai abusar de uma criança. Ele não vai ficar olhando isso à toa”, destacou.

Marcelo Alexandrino frisou a importância de operações policiais para combater pedofilia. “Quando a gente atua pegando essas pessoas trocando esse tipo de material pela internet, na verdade acredito que seja uma prevenção, a gente está tirando esse cara de circulação antes que ele faça esse tipo de coisa [abuso]. É um modo de identificar uma pessoa dessa antes que ela vá para o meio da rua, com vizinho.”

Operação
A prisão do jovem ocorreu no bairro Monte Castelo, durante a segunda fase da operação Cabrera. Um sistema criado por peritos criminais de Mato Grosso do Sul tem ajudado no combate à pedofilia no Brasil e em mais sete países e foi fundamental para a PF prender o suspeito.

O programa de computador consegue identificar fotos e vídeos com conteúdo pornográfico infantil em qualquer tipo de mídia. O sistema, criado pelo perito criminal federal Pedro Monteiro da Silva Eleutério, faz uma varredura nos arquivos.

Um outro mandado de busca e apreensão também foi cumprido nesta quarta-feira, mas no endereço nenhum material foi encontrado.

Estas investigações estão sendo realizadas há vários meses e devem prosseguir por tempo indeterminado.

Alerta
Cléo Mazzotti, delegado regional de combate ao crime organizado da PF, os pais têm que monitorar comportamento da criança. “Se a criança começa a mudar comportamento, se fica mais agressiva, mais introspectiva, os pais têm que monitorar o que a criança está acessando ou deixando de acessar.”
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