17 de outubro de 2015

COMBUSTÍVEIS TÊM NOVO AUMENTO. ELES ROUBAM, E NÓS PAGAMOS

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Consumidor é surpreendido com notícia de reajuste

Aumento do preço nas bombas começou a valer ontem, como consequência do reajuste feito pelas usinas de álcool. (Foto: Marco Santos/Diário do Pará)


A gasolina e o álcool estão mais caros. O preço do álcool, reajustado em R$ 0,06 desde a madrugada de ontem, surpreendeu consumidores e até funcionários de postos de combustíveis, em Belém. O reajuste foi feito pelas usinas de produção de álcool em todo o País. Segundo o supervisor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Roberto Sena, o aumento no preço do combustível equivale a 5%, em média. Na última pesquisa, feita pelo Dieese no mês passado, o preço do álcool variava entre R$ 2,84 e R$ 2,89.

O preço do litro da gasolina também sofreu reajuste de R$ 0,06, em função do produto ter, em sua composição, 27,5% de álcool. Ontem, à tarde, de 5 postos de combustíveis percorridos pelo DIÁRIO, apenas 1, localizado na avenida Dr. Freitas, já estava praticando a nova tabela de preços. O valor cobrado pelo litro da gasolina comum passou de R$ 3,49 para R$ 3,54. Já o litro do álcool nesse mesmo posto está custando R$ 2,99, R$ 0,10 a mais que o preço anterior. A tendência é que a elevação de preços continue, segundo o sindicato que representa o comércio varejista de derivados de petróleo no Estado do Pará, o Sindicombustíveis. 

NAS RUAS

Os consumidores pensam em adotar nova postura frente aos aumentos constantes nos preços. Para o engenheiro mecânico, Cleuson Alves, 33, a sensação é de grandes perdas. “O problema é que nós não temos retorno positivo, na educação e serviços públicos. Agora o que resta fazer é controlar ao máximo o consumo”. O taxista Roberto Paixão, 37, afirma que está cada vez mais difícil trabalhar por causa do preço elevado dos combustíveis. “Se no último aumento já estava difícil, agora não sei nem o que pensar. O meu meio de trabalho é o carro. Não tenho como escapar do prejuízo”. 

Marcelo Braz, 47, atua no ramo de transportes há 10 anos. Ele conta que abastece com álcool desde 1996, mas acredita que seu uso deve ser feito por quem conhece. “É uma tentativa de economizar. Porém, esse combustível deve ser usado tendo consciência de que é preciso fazer uma boa manutenção no veículo”, diz. O reajuste causa um efeito cascata na economia e atinge indiretamente toda a população, não apenas quem possui veículo, comenta Roberto Sena. “Tudo acaba sendo afetado por esse aumento, inclusive a alimentação e o consumo das famílias”, destaca Roberto Sena, do Dieese. 

(Wal Sagres/Diário do Pará)
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