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MORRE EMÍLIO SANTIAGO
MORRE EMÍLIO SANTIAGO
Anônimo
20 de março de 2013
NOTA DO BLOG: PARA ESTE BLOGUEIRO, EMÍLIO FOI E SERÁ O MELHOR INTERPRÉTE DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA. ELE NÃO FOI UM COVER, MAS DEU IDENTIDADE PRÓPRIA ÀS SUAS INTERPRETAÇÕES. UMA GRANDE PERDA PARA A CULTURA BRASILEIRA.
O Estado de Sao Paulo
Morreu na manhã desta quarta-feira, 20, o cantor Emílio Santiago. Ele estava internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, na zona sul, do Rio de Janeiro, desde o dia 7 de março, quando sofreu um acidente vascular cerebral isquêmico (AVC), quando não há hemorragia. Santiago tinha 66 anos e estava sozinho em casa quando sentiu-se mal. Foi encontrado pela empregada, que chamou a ambulância.
Emílio Santiago começou a cantar em festivais universitários na década de 1970, participou do programa de calouros de Flávio Cavalcanti, na extinta TV Tupi, e foi crooner da orquestra de Ed Lincoln, além de fazer muitas apresentações em boates e casas de espetáculos noturnas.
Ficou conhecido do grande público com o projeto “Aquarela Brasileira”, iniciado em 1988, com sete volumes dedicados à música popular brasileira. O último disco lançado por Emílio Santiago foi “Só danço samba (ao vivo)”, lançado em 2012, junto com um DVD. Antes do AVC, ele estava em turnê, com shows marcados para Rio de Janeiro e Campinas.
Nascido no Rio de Janeiro, em 1946, Emílio Santiago cursou direito na década de 1970, estimulado por seus pais.
Em sua casa, costumava escutar canções de Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto e Anísio Silva. A bossa nova, em especial João Gilberto, também eram algumas das preferências do bacharel.
"A voz de Emílio Santiago era mais suave e profunda que a de Nat King Cole", escreveu o crítico de música do "The New York Times", em um artigo publicado em 24 de abril de 2009, na edição impressa do jornal.
Santiago se apresentou na noite de 23 de abril daquele ano, ao lado de Dori Caymmi, filho de Dorival Caymmi, no BossaBrasil Festival, em Nova York. Entusiasmado, o crítico classificou o show como "um diálogo íntimo musical, suave e ao mesmo tempo áspero".
"A suavidade incorporada por Santiago, apelidado de Nat King Cole do Brasil [1919-1965], tem sido sua marca desde meados dos anos 1970. Sua voz é mais rica e profunda do que a de Cole e a comparação é aplicável apenas ao se considerar que ambos são cantores 'polidos'. Santiago é um 'sambista muscular'", descreveu Stephen Holden, em referência ao cantor e músico de jazz norte-americano Nat King Cole, que imortalizou canções como "Mona Lisa", "Stardust" e "Unforgettable".
O crítico destacou, ainda, a mistura de romantismo e a maturidade da interpretação de Emílio Santiago. "Nas interpretações de Emílio Santiago, o narrador não era um adolescente ansiando por uma menina que passa por Copacabana, mas um homem vigoroso celebrando a força da vida, o prazer da beleza e da intensidade do desejo."
Nas redes sociais, a morte de Emilio Santiago teve uma repercussão instantânea. Músicos, atores e outras celebridades lamentaram a morte do cantor.
"O maior cantor do Brasil Emilio Santiago partiu para o plano espiritual. Nos céus ele sempre esteve é um gigante. Que tristeza meu Deus."
Ed Motta
cantor, pelo Twitter
"Estou triste demais com a morte de Emílio Santiago, um grande cantor."
Glória Perez
autora de "Salve Jorge", daGlobo, pelo Twitter
"Morreu Emílio Santiago, o último cantor de verdade do Brasil. Cantoras temos muitas, compositores também. Mas cantores... Ele era o único."
Aguinaldo Silva
autor de novelas, pelo Twitter
"Muito triste com a morte do queridíssimo Emílio Santiago. Grande voz, grande cantor, grande pessoa!"
Paula Lavigneprodutora, pelo Twitter
FONTE: Estadao.com e Folha.com
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