Ruan Pamponet consumiu mais de R$ 6 mil em um bar de Goiânia e fingiu estar passando mal para não pagar os gastos no estabelecimento.
Fatura 'pendurada'
Goiânia – Após ficar preso por três dias, o homem que fingiu mal-estar para não pagar uma conta de R$ 6.275,00, em um bar da capital goiana, teve a liberdade provisória concedida no final da tarde desta segunda-feira (18/4). O rapaz não pagou fiança.
Conforme decisão da juíza Maria Antônia de Faria, a soltura de Ruan Pamponet Costa foi concedida sem o pagamento de fiança, pelo fato de o homem, que é barman, não ter condições de arcar com o valor da conta.
Restrições
De acordo com a decisão judicial, Ruan terá que comparecer mensalmente em juízo para justificar atividades; deve fazer recolhimento noturno em seus dias de folga; está proibido de se aproximar de testemunhas ou vítimas para efeito de intimidação; está proibido de frequentar bares, prostíbulos e locais de má fama para evitar o cometimento de novas infrações; além de manter o endereço atualizado nos autos.
Em uma primeira decisão, após audiência de custódia, foi determinada fiança de R$ 10 mil. Em razão do não pagamento, o barman permaneceu preso.
O caso
Ruan foi preso em flagrante na manhã do último sábado (16/4), na capital goiana, depois de fingir que estava passando mal, para sair de um bar sem pagar a conta.
À polícia, o gerente do restaurante informou que o suspeito chegou ao local acompanhado de um amigo e algumas mulheres, e que consumiu muitas bebidas e comidas. Pouco tempo depois, o acompanhante e as mulheres foram embora deixando o homem sozinho.
Conforme o depoimento do gerente, Ruan teria se levantado para ir embora do bar dizendo que estava passando mal.
Em razão do argumento, uma ambulância do Corpo de Bombeiros foi acionada e o gerente foi alertado pelos socorristas de que Ruan estaria simulando o mal-estar. Quando perguntado se pagaria a conta, o suposto golpista disse que não tinha dinheiro.
PILANTRA CONTUMAZ
Ruan Pamponet Costa, 28 anos, fingiu que passava mal para não pagar uma conta alta, R$: 6 mil em um bar de Goiânia/GO, gpe este aplicado em varias cidades do Brasil, mas nada de mais sério acontece com o bandido. O problema com esse cara é a impunidade.
Porém, apos seu golpe em Goiânia, a polícia goiana decidiu puxar a ficha dele e descobriu que se trata de um golpista profissional do trambique. Para enganar as pessoas ele aparece bem vestido. Passa-se por jogador de futebol (e parece mesmo com tantas tatuagens pelo corpo), chega sempre de carrão, e às vezes é escoltado por seguranças! Só que é tudo farsa. Segue um resumo dos vários golpes que Ruan Pamponet Costa aplicou:
GOIÂNIA
Gastou a rodo em um bar da moda, quando veio a conta de R$: 6 mil, fingiu passar mal. A tentativa deu errado e ele acabou preso. De novo. Antes, hospedou-se, comeu e bebeu e não pagou na bela cidade turística goiana de Caldas Novas.
FORTALEZA
Gastou R$: 4.363,13 em um bar luxuoso, e saiu sem pagar. Estava com seguranças que acompanharam o bandido, mas que também não foram pagos.
ARACATI/CE
Viajou até o município de táxi; na chegada fez convite para almoçar com o motorista. Comeram e beberam, mas Ruan não pagou a conta. Porém, se deu mal e levou uma surra. O motorista não recebeu o dinheiro da corrida.
BRASÍLIA/DF
Na capital federal, fez a farra em choperias, restaurantes, buffets, postos de combustíveis e até em motéis, mas sem pagar nada. O bandido nasceu em Brasilia, porém fugiu da Capital Federal para não ser preso ante tá tos golpes. Entre 2014 e 2019 deu golpes idênticos nas cidades de Taguatinga, Sobradinho e Águas Claras.
RIO DE JANEIRO
Na capital fluminense, a farra foi de R$ 5,2 mil em um restaurante. Utilizou dois taxistas para fazer suas corridas que custaram R$400
e 100 reais, mas nenhuma foi paga.
SÃO PAULO
No estado de São Paulo, o golpe foi aplicado em um hotel de Ilhabela, ao custo de R$ 4.000,00.
BAHIA
Foram registrados golpes em Salvador e Ilhéus. O pilantra bebeu, circulou, se hospedou e não pagou nada!
PERNAMBUCO
Já na capital pernambucana, a despesa foi de R$ 3.751,00. Estava com duas mulheres, para quem comprou flores, mas sem pagar a florista. Em Porto de Galinhas conseguiram prendê-lo em 2020 pelos mesmos golpes. Pegou um ano e meio de cadeia, mas foi solto após apenas sete meses de cadeia.
UMA HISTÓRIA DE IMPUNIDADE
O estelionatário se tornou réu pelos crimes de estelionato em série em todas essas cidades, e foi preso diversas vezes, mas, a Justiça suspende o processo quando o acusado some. E ele sempre desaparece.
A LEI "PROTEGE"
Artigo 176: Tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de recursos para efetuar o pagamento:
Pena: detenção, de 15 dias a dois meses, ou multa. E o juiz pode ou não determinar a prisão. Nos casos de Ruan as 'penas' de prestação de serviços à comunidade nunca foram cumpridas.
O que se faz um um sujeito desse?