20 de novembro de 2021

BRASIL - "DEUS TE DÊ O DESCANSO ETERNO" AFIRMA ASSASSINA DO PAI

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Investigação aponta que ela e o marido contrataram pessoa para arranjar atiradores.

Por Liniker Ribeiro, g1 MS — Campo Grande e MSNOTÍCIAS

Mensagem publicada pela filha de produtor rural morto em Naviraí
 — Foto: Redes Sociais

Em mensagem publicada nas redes sociais, três dias após a morte do produtor rural Paulo Sergio de Freitas Miranda, de 57 anos, Dayane Claudino Miranda Marcos, filha da vítima e suspeita de ser uma das mandantes do crime, chegou a se despedir do pai com fotos e mensagem de luto. Na ocasião, amigos de Dayane chegaram a escrever palavras de conforto.

“Luto pai! Quero lembrar de vc assim, que Deus te dê o descanso eterno”, (sic), escreveu a mulher que foi presa, nesta quinta-feira (18), dias após o marido, Tiago da Rosa Marcos, ser preso. A publicação foi feita no dia 26 de setembro.

Com mais de 400 comentários, a mensagem postada por Dayane recebeu apoio e comoção de diversas pessoas. Em um deles, uma amiga da rede social chegou a pedir paciência para a família da vítima, ressaltando que a justiça seria feita. “Tenham calma, a justiça do homem falha mas a de Deus nunca”.

Já nesta sexta-feira (19), um dia após a prisão do casal, os comentários passaram a ser de pessoas indignadas com o suposto envolvimento da própria filha e do genro do produtor rural.

“Inteligente, linda... e agora cúmplice de um assassinato”, escreveu uma das pessoas. Outra internauta destacou que “as aparências enganam”, enquanto uma terceira pessoa demonstra indignação pelo crime. “Que nojo! Como tem coragem?”, questiona.

Tiago e Dayane, apontados pela polícia como mandantes do assassinato de produtor rural em MS — Foto: Foto: Redes Sociais

O caso

O homicídio aconteceu em Naviraí, a 342 km de Campo Grande. Segundo as investigações da Polícia Civil, Paulo Sergio de Freitas Miranda, de 57 anos, teve a morte encomendada por Dayane e Tiago, que estariam com problemas financeiros e desejavam receber a herança da família. Além de Paulo, a esposa dele e mãe da suspeita de ser mandante, também seria alvo do crime.

O primo de Tiago também atuou no crime. Foi ele que contratou os dois pistoleiros paranaenses, tendo ofertado a quantia de R$ 20 mil para cada um. O "trabalho" era matar Paulo e a esposa e, inicialmente, o combinado era para que os assassinatos ocorressem em 21 de setembro. O piloto de fuga seria o próprio primo, quem trouxe os criminosos até a cidade de Naviraí no dia 21. Eles, porém, precisaram adiar a data do ataque e contratar um comparsa adicional, porque o veículo do primo acabou preso pela PRF na BR-163, então, eles precisariam de um novo crrao para fuga.

Ao novo integrante foi oferecida a quantia de R$ 5 mil para atuar como piloto de fuga. O piloto estava em um Astra e deveria ficar esperando os atiradores no Bairro Jardim Paraíso em Naviraí.

Após deixar os criminosos em MS, o primo retornou ao Paraná. Ele estava encarregado de buscar o carro em um eletricista. O veículo estava numa oficina mecânica em Guaíra. O primo foi até lá, pegou o um Monza e combinou de encontrar os pistoleiros no município de Itaquiraí (que fica entre as duas cidades).Eles se encontraram no local da noite do dia 22 para a madrugada do dia 23. Os criminosos receberam o veículo Monza e o primo voltou para Guaíra.

No dia seguinte, os atiradores foram filmados por câmeras de segurança chegando à fazenda de Paulo às 14h08 do dia 23. Um deles, de boné, chamou na entrada de um galpão onde haviam máquinas agrícolas. A vítima respondeu e homem entrou no local e atrás das máquinas ocorreram os disparos. Logo em seguida entrou no galpão o segundo atirador, às 14h10 minutos, ele foi até o fundo do galpão e efetuou mais disparos. Alguns segundos depois eles fugiram no Monza. Veja o vídeo:


Paulo foi atingido no rosto, braços, abdômen e mãos. A esposa dele, que estava no local, foi quem acionou o Corpo de Bombeiros Militar. O fazendeiro recebeu os primeiros atendimentos no pronto-socorro de Naviraí e foi encaminhado para Dourados, onde permaneceu internado até morrer em 26 de setembro.

Segundo outra filha da vítima, Nathaliê Claudino Miranda, 21 anos, a irmã estava afastada dos pais, desde agosto de 2020, devido a problemas familiares.

“A gente já imaginava que fosse o marido da minha irmã, mas não imaginava que ela tivesse envolvimento. Só que conforme tudo foi acontecendo, quando eles chegaram no hospital, sabe quando você vai sentindo as pessoas? Eu fui observando muito minha irmã e ficamos desconfiados. E quando o marido dela foi preso, a gente achou que ela teria outra postura, mas ela continuava do lado dele”, explica Nathaliê.

A família morava anteriormente em Guaíra, no estado do Paraná, onde a irmã continuava residindo, mas há 5 anos decidiram se mudar para Naviraí, no interior de Mato Grosso do Sul. Thiago, genro da vítima, foi preso no dia 20 de outubro.
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