A filha da idosa pediu para que o profissional não se aproximasse da mãe
Autor: Com informações do Correio Braziliense
| Pedro Guerreiro/Ag. Pará
Com todo o transtorno causado pela pandemia, que já consumiu a vida de quase 260 mil brasileiros, uma idosa, que não teve o nome divulgado, protagonizou uma cena lamentável no momento em que se preparava para tomar a vacina de covid-19. A mulher teria se recusado a ser vacinada por um enfermeiro negro. O caso de racismo aconteceu na última terça-feira (2), em Taguaritinga, em São Paulo. As informações são do Correio Braziliense.
A idosa estava em um carro, acompanhada da filha, quando o enfermeiro se aproximou para fazer a aplicação do imunizante. A filha da mulher teria dito: "não se aproxime da minha mãe". Quem estava no local acredita que a filha tenha feito isso a pedido da idosa.
O enfermeiro recolheu os documentos da idosa e entregou para outra profissional, que aplicou a vacina na mulher. Em seguida, ele seguiu atendendo outros idosos que estavam nos carros.
Segundo a prefeitura da cidade, o enfermeiro "não percebeu que era um caso de racismo". A assessoria também informou que o profissional recebeu apoio dos funcionários que também prestavam atendimento no local. A prefeitura confirmou que o caso se trata de racismo.
Embora todos tenham afirmado se tratar de um típico caso de racismo, não houve registro de Boletim de Ocorrência porque não houve identificação de quem seria a idosa e a filha. "Por tratar-se de um drive thru, são dezenas de carros que passam por ali, fica difícil identificar", segue a explicação da assessoria
Porém, a Prefeitura confirmou que está trabalhando na identificação. "Estamos olhando as câmeras de segurança para tentar identificar o veículo e, por tratar-se de uma cidade pequena, creio ser possível descobrir. A partir daí iremos tomar as medidas cabíveis", conclui o funcionário da comunicação da prefeitura.
Ao UOL, um funcionário da Secretaria de Saúde que não quis se identificar confirmou que o caso abalou o enfermeiro e revoltou outros funcionários, mas que a postura dos chefes teria acalmado a situação porque a vítima teria se sentido protegida. "Ele está se sentindo seguro e bastante querido por todos. É um doce de pessoa e é uma pena que tenha acontecido".
Fontes: G1 e Uol Notícias
