6 de agosto de 2020

GARIMPO - POLÍCIA FEDERAL ACABA COM GARIMPAGEM DE GRUPO FAMILIAR QUE ATUAVA EM TERRAS INDÍGENAS

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Operação teve seis mandados de busca e apreensão nos dois municípios(Foto: Polícia Federal)

“A Policia Federal fez operação na residência da família dos Oliveiras conhecidos por Boi na Brasa em Novo Progresso”. Ninguém foi preso.

A Polícia Federal realizou na manhã desta quinta-feira, 6, uma operação que desarticulou um grupo que atuava na extração ilícita de ouro no interior da Terra Indígena Mundurucu, localizada no Alto Tapajós.

A operação, chamada de “Bezerro de Ouro”, cumpre seis mandados de busca e apreensão e sequestro de bens no município de Novo Progresso e no distrito de Morais de Almeida, localizado no município de Itaituba.

Para a Policia Federal-PF a extração ilegal acontece com apoio de grupos indígenas. A família que é acusada são moradores de Novo Progresso, já tiveram maquinas destruídas pelo IBAMA, são bastantes conhecidos na região como família do Boi na Brasa que, para muitos, contribuem, mas que depredam. Eles são acusados de extraírem ouro ilegal na região.

‘Não atuam somente naquele local’, diz a PF sobre garimpeiros que causaram danos de R$ 8 milhões em terra Munduruku”

As investigações apontam que o grupo, formado por membros da mesma família, é conhecido na região pela exploração irregular de minério de ouro no interior da terra indígena Mundurucu com apoio de alguns indígenas pró-garimpo.

O grupo criminoso que atua com extração ilícita de ouro na Terra Indígena Munduruku, no município de Jacareacanga, no sudoeste do Pará, pode ter ramificações em outras regiões. É o que apontam as investigações da Polícia Federal na operação “Bezerro de Ouro”, deflagrada nesta quinta-feira (6). A informação foi divulgada pelo delegado federal Gecivaldo Vasconcelos, da Delegacia da PF em Santarém.

As investigações apontaram que o grupo causou dano ambiental estimado em quase R$ 8 milhões. Essa estimativa foi feita através de laudo técnico pericial. “Esse laudo é decorrente de uma outra investigação da Polícia Federal fez em 2018, denominada ‘Pajé Brabo’, que nessa ocasião entrou-se na Terra Indígena e foi identificado um local onde essas pessoas estava garimpando”, informou.

A Polícia Federal foi identificando as pessoas que atuavam em locais de difícil acesso em Jacareacanga. “Nós já sabemos que aquelas pessoas não atuam somente naquele local específico, mas o que temos agora de concreto é o dano apurado no valor aproximado de R$ 8 milhões”, completou o delegado.

Além do combate à extração mineral ilegal, ao desarticular a atuação desse grupo, a operação teve como objetivo conter ou diminuir a invasão na terra indígena Mundurucu que, em tempos de pandemia, aumenta a exposição de tal população ao risco de contaminação pelo novo coronavírus com a presença desses garimpeiros.

As pessoas envolvidas no grupo devem responder por Associação Criminosa (art. 288 – Código Penal), pela exploração sem autorização de matéria-prima pertencente a União (art. 2º, da Lei 8.176 de 1991), pelo crime contra o meio ambiente previsto no art. 55 da Lei 9.605 de 1998, e outros crimes que venham a ser descobertos ao longo da investigação.

A Justiça Federal determinou, ainda, o sequestro de bens de tais pessoas no valor de quase oito milhões de Reais (R$ 7.868.451,00), considerando os danos ambientais já constatados no caso.

A expressão “Bezerro de Ouro”, que deu nome à operação, é encontrada em algumas passagens bíblicas e, na linguagem contemporânea, é usada como sinônimo da adoração de um falso ídolo, uma referência a idolatria ao dinheiro, ou ouro, por exemplo.

A PF mobilizou mais de 30 policias, entre agentes, escrivães, delegados e peritos, das delegacias de Santarém, Altamira e da Superintendência do Pará, em Belém.

Fonte: Folha do Progresso (por Adria Karoline) com Roma News e PF
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