1 de maio de 2020

COVID-19 - CHEGAM A BELÉM RESPIRADORES E MONITORES. AUMENTA PROCURA POR REMÉDIO

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Pará tem mais 60 respiradores e 60 monitores para Hospital de Campanha

Autor: Agência Pará

Marcelo Seabra/Ag. Pará

Já estão em Belém os 60 respiradores enviados pelo Ministério da Saúde, após solicitação do governador Helder Barbalho, para ampliar os leitos de Unidade de Terapia de Intensiva (UTI) para pacientes de Covid-19. Os equipamentos chegaram no início da madrugada desta sexta-feira (1º). O carregamento incluiu também mais 60 monitores adquiridos pelo Governo do Pará.

O pedido de envio de respiradores ao ministro da Saúde, Nelson Teich, foi reforçado pelo secretário de Estado de Saúde Pública, Alberto Beltrame, que esteve em Brasília (DF) na última quarta-feira (29). 

Os equipamentos serão montados no Hospital de Campanha de Belém, que está funcionando no Hangar - Centro de Convenções da Amazônia, complementando os 35 leitos de UTI já existentes para pacientes com síndrome respiratória aguda.

PROCURA POR REMÉDIOS


Busca por medicamento de combate ao coronavírus lota farmácias

Na Drogasil, movimentação de pessoas começou cedo, apesar da venda só iniciar às 18h | Celso Rodrigues

Após a intervenção do Governo do Estado para garantir a comercialização do medicamento azitromicina, usado no tratamento da Covid-19, o movimento em frente a duas redes de farmácia, por toda tarde e noite de ontem, foi bastante intenso. Algumas pessoas chegam a permanecer por mais de quatro horas na fila, na tentativa de garantir o medicamento, vendido apenas com receita médica. Nem a chuva conseguiu dispersar a aglomeração que se formou.

Procura por azitromicina gera aglomeração nas farmácias de Belém; 

Sobe para 2.999 o número de casos no Pará. Mortos somam 244

Na rede da Extrafarma o movimento começou cedo. As vendas do medicamento foram liberadas ao meio-dia e a procura foi grande. Muita gente de máscara e sombrinha tentou a sorte, caso da dona de casa Celina Mota, que garantiu o remédio para ajudar no tratamento do filho. Já na Extrafarma da Alcindo Cacela com Mundurucus, no bairro da Cremação, o estoque da loja não deu pra quem quis. Por volta das 16h os funcionários alertavam quem entrava sobre o fim do estoque.

Outra rede autorizada pelo governo, a Drogasil, também teve filas durante a tarde, apesar do estoque recebido só começar a ser comercializado a partir das 18h. Na avenida José Malcher, esquina com Rui Barbosa, centenas de pessoas disputavam espaço com carros na calçada da farmácia. A Polícia Militar foi ao local para tentar organizar o tumulto, enquanto atendentes percorriam o espaço distribuindo senhas.

Rosângela Espírito Santo enfrentou sol e chuva para conseguir o remédio. 
Ela também procura hidroxicloroquina 
Foto: Celso Rodrigues 

A costureira Rosângela Espírito Santo saiu de casa, no bairro do Guamá, percorrendo farmácias em busca do remédio que o marido precisa. Só conseguiu uma senha depois de muita insistência, debaixo de sol e chuva. “Não tem em lugar nenhum”, relatou. Apesar de garantir o remédio, que custa R$ 25 a caixa com cinco comprimidos, Rosângela diz que é quase impossível conseguir a hidroxicloroquina, o outro remédio usado no tratamento para o Covid-19.

Perto dali, na Drogasil da Mundurucus, outra fila enorme, apesar da chuva. “Eu estou aqui desde 13h. Vim pegar um lugar para alguns parentes. Tivemos que fazer esse sacrifício porque está muito difícil conseguir comprar”, disse a autônoma Maria da Silva.

PROCURA

O operador de produção Jonas Lima, de 42 anos, chegou às 16h30 na Drogasil da avenida José Malcher, com a travessa Rui Barbosa. A senha que ele recebeu era de número 197. “Já fui em outra Drogasil, da Humaitá, e não tinha mais [azitromicina]. Distribuíram só 25 senhas. Corri pra cá. Espero conseguir comprar”, comentou. Ele estava com a receita para comprar o medicamento para o pai, de 69 anos, que está com os sintomas da doença. “O médico prescreveu antes que agrave. Ele já não consegue andar direito, está com muito cansaço, fraqueza e muita febre”, detalhou.

A autônoma Cristina Cruz, de 49 anos, procura pelo remédio para o filho de 28 anos há 4 dia. “É muito triste a gente ter dinheiro e não ter medicamento. Chega pouco [remédio] e a demanda é grande”, comentou.

Após cerca de 4 horas e meia, o tabelião Renan Carvalho, 29 anos, comprou as duas caixas, para a mãe, de 60 anos, e a tia, de 78. “Fui em várias farmácias ontem [quarta-feira], mas só consegui hoje por conta do anúncio do governador. Agora estou mais aliviado”, acrescentou.

Na loja da Doca, esquina com a rua Antônio Barreto, 123 senhas foram distribuídas no início da tarde e, segundo um funcionário, esgotou em poucos minutos. “Não tem mais remédio. Fizemos senhas de acordo com a quantidade de caixas. A medicação chegou 15h e acabou logo em seguida”, disse.

Felipe Oliveira conseguiu uma dessas senhas. Ele precisava levar cinco caixas do remédio para a família que está em isolamento em casa. Um alívio para quem procurava há 2 semanas. “É um alívio para todos. Pelo menos vão estar medicados”, completou o jovem que chegou às 12h30 e até às 19h ainda não havia entrado no estabelecimento para fazer a compra. Na unidade da Almirante Barroso com Júlio Cezar, ainda havia fila por volta das 22h30 de ontem.

Autor: Luiz Guilherme Ramos e Michelle Daniel
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