17 de abril de 2020

ACABOU A CORRUPÇÃO? VEREADOR CARIOCA, FILHO DO PRESIDENTE, TRABALHA EM BRASÍLIA/DF

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Há muito que vem incomodando o fato do filho do presidente Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, que é vereador na cidade do Rio de Janeiro/RJ, dar expediente em Brasília/DF comandando o famigerado Gabinete do Ódio; sabe-se que o vereador nunca pediu licença de seu cargo no legislativo menor carioca, mas vive e mora em Brasília.
Foto: Sérgio Lima/AFP
Porém, apesar de muitos bolsonaristas AFIRMAREM que, depois de mais de 500 anos, acabou a corrupção, não é isso que se vê com tal atitude do filho presidencial que, além de usar indevidamente uma sala no Palácio da Alvorada, ainda usa outros recursos públicos para perseguir e  criar dossiê contra os inimigos da família presidencial.

O vereador morando em Brasília, não participou de uma audiência virtual da Câmara carioca no último dia 25 (marcada via whatsapp) e, por conseguinte, não votou o projeto que foi colocado em pauta naquela sessão, mas  em Brasília ele participou de reunião virtual do presidente Jair Bolsonaro com governadores do Sul e do Norte para tratar da crise do novo coronavírus. “Será que filho também é cargo?”, escreveu o secretário de Cultura de SP, Sérgio Sá Leitão, um dos que o criticaram no Twitter. (Folha)

Presidente Jair Bolsonaro, ministros e parlamentares durante videoconferência com governadores da região Norte. Carlos Bolsonaro também participou
Carlos Bolsonaro (ao centro) participou até de uma reunião do presidente Jair Bolsonaro com governadores da região Norte e ministros -  foto: Isac Nóbrega/PR
Apesar de seu pai fazer pouco caso da pandemia, Carlos ganhou uma sala no Planalto na crise da pandemia; vereador tem coordenado estratégia digital (ataques) do governo em defesa do chamado isolamento vertical. O interessante é que, mesmo sem ter cargo no governo, vereador foi alocado em uma sala no terceiro andar do Palácio, na antessala do pai, junto com o chamado "gabinete do ódio", um grupo de assessores.

Desde o início da crise da pandemia, Carlos vem participando de reuniões do governo. Ele foi um dos responsáveis pelo desastroso pronunciamento em que o presidente disse que o coronavírus não passava de uma gripizinha e tem sido um forte incentivador do discurso presidencial contra as medidas de isolamento adotada por diversos governadores.

Figura constante no Palácio do Planalto durante a crise do novo coronavírus, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) ganhou uma sala próxima ao gabinete presidencial de seu pai, no Palácio do Planalto.

De acordo com relatos feitos à Folha, ele tem usado desde o início desta semana uma sala do terceiro andar, onde tem coordenado a ofensiva do governo nas redes sociais. O espaço, que já h​avia sido ocupado antes pelo vereador, pertence ao assessor internacional da Presidência, Filipe Martins.

O auxiliar do presidente adotou período de quarentena após ter contraído coronavírus, e a expectativa é a de que ele retorne ao Palácio do Planalto nesta quarta-feira (1). Com a criação do gabinete para Carlos, Martins deve ser deslocado para o quarto andar do Palácio do Planalto, em um gabinete que era usado pela Secretaria de Governo.

A expectativa de assessores presidenciais é de que Carlos fique no Planalto até o final de abril, mês em que se espera um pico do número de casos da doença e, portanto, um eventual agravamento da crise atual.

A presença do filho do presidente na sede administrativa já tem gerado reclamações na equipe ministerial. O receio é de que Carlos, conhecido nas redes sociais como "pitbull", passe a monitorar a atividade de auxiliares presidenciais para contar ao pai.

Mentor do chamado "gabinete do raiva", bunker digital do Palácio do Planalto, o vereador tem atuado na estratégia online em defesa de uma quarentena vertical, ou seja, que resguarde apenas os grupos de risco (como idosos e pessoas com doenças preexistentes).

A participação de Carlos em reuniões administrativas tem incomodado integrantes do governo, para os quais não caberia ao vereador do Rio de Janeiro participar de atividades federais que não competem ao seu mandato local.

Em entrevista à Folha, concedida na semana passada, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou que, apesar de ter participado de reunião com governadores, Carlos "não abriu a boca". "Sentou, mas não abriu a boca, né. Ele sabe também que não vai abrir a boca porque não tem nenhum papel no governo", disse.​

Por causa desse indevida intromissão em assuntos palacianos, diversas entidades, incluindo partidos, estão pedindo na Justiça que o filho vereador desocupe a sala no Palácio do Planalto por constituir usurpação de função pública e desvio de finalidade.Falta a Justiça de manifestar acerca desse pedido.​

Fontes: agazeta.com.br - blogdacidadania.com.br - folhauol.com.br
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