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Chuva invadindo o HMS no dia de hoje |
Os eleitores santarenos de Nélio Aguiar sentiam-se orgulhosos da estupenda vitória desse nas últimas eleições municipais pelo fato do descendente de cearenses representar uma inflexão na política santarena; uma guinada fora da mesmice da politicagem que tanto tem prejudicado Santarém, principalmente porque acabaria com uns feudos políticos há muito enraizado na cidade. Porém, com os acordos feitos durante a campanha de 2016, ficaria patente a forma como seria o governo de Nélio, caso eleito. Então, das duas uma: os eleitores de Nélio são ingênuos (e na política não mais existe ingênuos!) ou são burros mesmo.
Assim, depois de eleito, Nélio acomodou seus aliados que mantiveram seus históricos feudos e ficou governando para inglês vê. E para 'mostrar' alguns feitos, contratou uma equipe jornalística. Porém, a realidade tem-se mostrado bem diferente. A começar pela falta de aliados na esfera estadual e federal, a total falta de traquejo político e administrativo, este último revelado na privatização da saúde e do transporte coletivo urbano.
A falta de aliados políticos tem feito com que Nélio quase não tenha emendas parlamentares (as poucas restantes são do ex-deputado Chapadinha, que Santarém rifou na eleição passada), além de perder algumas emendas por pura incompetência administrativa. O supra sumo dessa incompetência foi o adiantamento de R$200 mil que a Prefeitura de Santarém fez a uma empresa que não tinha nem a planta da obra!
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Nélio e os vereadores santarenos - Imagem: Portal da Amazônia |
Diante desse cenário e com a próxima eleição municipal à porta, Nélio tenta um empréstimo de R$123 milhões à Caixa Econômica Federal, mas uns vereadores estão 'matando' o prefeito na unha com tantos pedidos de vistas, o que tem deixado o alcaide santareno fulo da vida com uns vereadores.
Nélio justificou aos vereadores que com o empréstimo a Prefeitura vai investir R$40 milhões na iluminação pública trocando as atuais luminárias por lâmpadas de led, e R$ 83 milhões em obras de infraestrutura, como drenagem e pavimentação de ruas e avenidas, principalmente em bairros da periferia. Entretanto, Nélio esqueceu de apresentar aos edis santarenos um projeto para esses investimentos; sabe-se que de iluminação púbica o município arrecada mais de R$2 milhões ao mês e, com esse dinheiro, pode fazer as trocas por leds aos poucos e, o dinheiro da iluminação pública, investido na saúde, onde falta remédio, médicos e as mortes se avolumam; vários médicos foram cortados, os que sobraram ficaram com os salários reduzidos, pois são médicos, em sua maioria, novatos e fazendo residência médica. Todo essa deferência é dada à saúde apesar de Nélio ser médico. Como diz o adágio popular: casa de ferreiro. Espeto de pau!
Enquanto Nélio faz campanha, a água pluvial invade dependências do HMS.
Vale ressaltar que em Itaituba o prefeito Valmir Climaco (MDB) está fazendo as trocas das luminárias por leds, porém, enquanto em Itaituba o conjunto custa aproximadamente uns R$350, em Santarém, o custo unitário ultrapassa os R$1 mil.
A TURMA DA POEIRA
Parte da imprensa santarena maldosamente denominou de A turma da poeira uns vereadores que desejam saber, através de projetos e com a participação dos comunitários, quais ruas serão pavimentadas e, também, se será feita a drenagem adequada ou será como foi feito nas ruas da Nova República, onde os moradores foram obrigados a fazerem seus sumidouros, apesar do terreno naquele bairro ser argiloso.
Esses vereadores que questionam a forma e a aplicação desse empréstimo, são pessoas que agem como fiscais dos recursos púbicos, um dos papeis primordiais do vereador, além do quê, antecipam o uso meramente eleitoral que Nélio, diante de sua péssima administração, pretende fazer desse recurso. Impende informar que uns vereadores já conseguiram que parte do valor destinado à iluminação pública seja aplicada na saúde. O povo santareno agradece.
Agora, é ficar de olho e cobrar de Nélio a correta aplicação do dinheiro, se os vereadores aprovarem, pois não ficou certo os juros sobre os R$123 milhões. Ou seja, ficará retido na CEF, o valor referente aos juros e, assim, o empréstimo não será mais de 123 milhões.