24 de maio de 2019

EDUCAÇÃO - UNIVERSIDADE PÚBLICA GASTA MUITO E EDUCA DE MENOS

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As universidades públicas brasileiras gastam demais. E gastam mal. E educam de menos. Talvez isso não seja o que muitos manifestantes que foram às ruas protestar contra o contingenciamento feito pelo Ministério da Educação gostariam de ouvir…

É o que Leandro Narloch mostra em seu mais recente artigo, onde informa que há profundas distorções que precisam ser corrigidas no ambiente universitário. E esse é um debate que não pode mais ser adiado — muito menos agora, em meio aos protestos que tomaram as ruas do país.

Com esse artigo, Leandro Narloch sai da superfície e convida o leitor a uma reflexão. É um texto baseado em argumentos sólidos, com dados e exemplos construtivos sobre o que pode ser feito para destravar a universidade pública no Brasil.

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Leandro Narloch
Preste atenção a esses dados que Narloch apresenta.

Confira:

“À parte a comunicação destrambelhada e o belicismo típico de adolescentes, o ministro da Educação está certo numa coisa: as universidades públicas brasileiras gastam demais e educam de menos. 

Um aluno da Universidade Federal do Rio de Janeiro custou em 2015 quase 6 mil reais por mês – mais que diversas faculdades estrangeiras com prêmios Nobel na estante. Apesar desse custo, a UFRJ mal consegue entrar entre as trezentas melhores universidades do mundo em rankings mundiais como o Times Higher Education. O problema não é tanto o governo cortar gastos das universidades, mas fazer isso sem viabilizar uma alternativa de financiamento privado.”

É isso mesmo.

Um aluno da UFRJ custa mais do que um estudante em diversas faculdades estrangeiras campeãs em Prêmios Nobel. Algo está muito errado nessa equação. Mas, por incrível que pareça, há uma saída para tamanho descalabro.

O autor passou as últimas semanas conversando com professores, reitores, especialistas em administração pública e estudiosos da área educacional.

A maioria deles sugeriu um modelo que já tem uma base legal, mas ainda esbarra em obstáculos burocráticos, entraves ideológicos e, sobretudo, no corporativismo dos funcionários públicos.

Leia um trecho:

“É o modelo do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA). Em 2001, diretores do instituto tomaram uma decisão radical: extinguir o órgão que dirigiam e que existia desde 1952. No lugar dele, criaram uma Organização Social (OS) que passou a fechar contratos de gestão com o governo. Os funcionários continuaram como servidores públicos – foram cedidos pelo Ministério da Ciência e Tecnologia à nova instituição.

Desde então, o IMPA passou a contratar apenas pela CLT. Hoje menos de 10% dos funcionários administrativos são servidores; entre os pesquisadores, cerca de 50%. A folha de pagamento – que em geral morde mais de 80% do orçamento das universidades federais – não passa de 20% no IMPA. Cada vez menos a pesquisa científica ficará nas mãos de servidores.” É um texto que analisa, informa, esclarece. E, o mais importante: apresenta sugestões e críticas construtivas.

Oferece possíveis caminhos. Em meio a um debate muitas vezes pobre de argumentos, o artigo de Leandro Narloch é uma oportunidade para você entender o que se passa na universidade pública. Quais são as maiores dificuldades e o que pode ser feito para mudar esse cenário.


Fonte: Crusoé
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