30 de outubro de 2018

BRASIL - MPF INDICIA PROFESSORA QUE É CONTRA DOUTRINAÇÃO PETISTA EM SALA DE AULA

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MP abre inquérito para inibir intimidação de deputada a professores

(Foto: Reprodução/Facebook)

O MPF (Ministério Público Federal) instaurou inquérito civil para apurar a suposta intimidação a professores do estado de Santa Catarina, por parte da deputada estadual Ana Caroline Campagnolo (PSL-SC), eleita no último pleito.

Segundo o MPF, ela estaria conclamando estudantes a realizar filmagens do que denomina professores doutrinadores, que, inconformados e revoltados com o resultado da eleição para presidente da República, fariam das salas de aula auditório cativo para suas queixas político-partidárias.
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Ainda segundo as acusações, ela estaria insuflando os estudantes a filmar e gravar todas as manifestações que, em seu entendimento, seriam político-partidárias ou ideológica (sic).

O responsável pelo inquérito é o procurador da República no município de Chapecó (SC) Carlos Humberto Prola Júnior.

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Aula de doutrinção com ofensas aos alunos - 1*

Como diligências iniciais foram juntadas cópias de mensagens em redes sociais postadas pela deputada e expedida minuta de recomendação às instituições de ensino superior da região e gerências regionais de educação.
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Professora dá aula com camisa do MST e convida alunos para ingressarem na seita - 2*
Na minuta, o MPF recomenda que essas instituição se abstenham de qualquer atuação que represente violação aos princípios constitucionais da educação nacional, de liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber e de pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas.

MPF determinou que se expedissem ofícios ao Instituto de Ciências Humanas e à Reitoria da UFPel. | Divulgação/UFPel.
"Em postagem no Facebook, a professora chama os alunos, que classifica como “golpistas”, de “grotescos e escrotos” e declara ter “ódio de classe” - 3*

O MPF considera ainda que a conduta da deputada eleita, além de configurar flagrante censura prévia e provável assédio moral em relação a todos os professores do estado de Santa Catarina das instituições públicas e privadas de ensino, não apenas da educação básica e do ensino médio, mas também do ensino superior afronta claramente a liberdade e a pluralidade de ensino.

A deputada pediu aos estudantes catarinenses na noite de domingo (28) que denunciem professores que façam queixas político-partidárias em virtude da vitória do presidente [Jair] Bolsonaro [PSL].

Muitos professores doutrinadores estarão inconformados e revoltados. Muitos não conseguirão disfarçar sua ira e farão da sala de aula uma audiência cativa para suas queixas político-partidárias em virtude da vitória do Presidente Bolsonaro, escreveu, em sua página no Facebook, pouco depois de confirmada a eleição do presidenciável.

Ela pediu que os estudantes filmem ou gravem as manifestações, e encaminhem para a sua equipe, com o nome do professor, da escola e da cidade.
Segundo a professora, não há conflitos entre moradores da região e integrantes do acampamento | Jonathan CamposGazeta do Povo
Professora leva alunos para visitar acampamento pró Lula, como aula complementar - 4*

Em entrevista à Rádio Chapecó, nesta segunda (29), Campagnolo disse que seu celular não parou nem um minuto desde a divulgação. As pessoas estão, em todo o Brasil, desesperadas para achar um canal para se defender disso, afirmou.

Para ela, a doutrinação ideológica e partidária nas escolas é um problema grave, e contribui para o baixo desempenho dos alunos brasileiros, na comparação com a média mundial. Ela afirma que alunos são constrangidos por professores em sala de aula, e diz que quer atuar para reduzir o problema em seu mandato como deputada estadual.

Professora de História, Ana Caroline Campagnolo publicou, entre outros trabalhos acadêmicos, os seguintes textos: "Vamos falar sobre desinformação e a perniciosa mania de fazer a cabeça dos alunos"; "A pesquisa histórica no estudo das relações de gênero conforme os desafios e olhares do uso de processos judiciais como fonte"; "O crime de sedução nas décadas de 1970 e 1980 a partir do estudo de inquéritos policiais do Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina".

A deputada eleita processa uma ex-professora na Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina) por perseguição ideológica e discriminação religiosa, em um episódio emblemático da polêmica em torno do Escola sem Partido. Ela foi eleita com 34.825 votos.

A reportagem não conseguiu ouvir a deputada.

(Folhapress)

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Um comentário:

Anônimo disse...

Não acho ético essa questão do partidarismo em sala de aula por parte de professores, mas também não viável o professor ficar se sentindo vigiado com um celular apontando para sua cara como forma de intimidação. Não acredito nesse tipo de atitude, fica pateparec que estamos na China comunista, onde cada cidadão é o vigialante da vida alheia. Pronto pra denunciar ao governo ao menor deslize.