2 de novembro de 2017

SEU DINHEIRO - QUAL O SALÁRIO MÍNIMO PARA SUSTENTAR UMA FAMÍLIA?

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Veja quanto é suficiente para suprir uma família “com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência”


Salário mínimo teria que quadruplicar para suprir gastos básicos de uma família (cifotart/Thinkstock)


São Paulo – O salário mínimo “necessário” foi de R$ 3.754,16 em outubro, de acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

A ideia do cálculo é revelar quanto seria suficiente para suprir as despesas de uma família de quatro pessoas “com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência”, diz a instituição.

O valor de outubro ficou acima do registrado em setembro (R$ 3.668,55) e agosto (R$ 3.744,83), mas é inferior ao de julho (R$ 3.810,36).

O número é divulgado todo mês há 22 anos com base no valor da cesta básica mais cara, atualmente a de Porto Alegre (R$ 446,87), seguida de São Paulo (R$ 428,13) e Rio de Janeiro (R$ 421,05).

Os menores valores são em Salvador (R$ 318,31), Natal (R$ 325,09) e Recife (R$ 325,96). Entre janeiro e outubro de 2017, o custo da cesta diminuiu em todas as capitais, com destaque para as taxas de Manaus (-11,62%), Maceió (-11,57%), Cuiabá (-10,91%), Belém (-10,64%) e Salvador (-10,37%).

Ainda assim, o valor do salário mínimo “suficiente” ainda representa cerca de 4 vezes o valor do salário mínimo nominal, atualmente em R$ 937.

Mas a relação já foi mais alta. Em agosto de 2016, o salário mínimo “necessário” estava em R$ 3.991,40, o equivalente a 4,5 vezes o valor do salário mínimo nominal então em vigor (R$ 880).

Regra
A lei determina que o reajuste anual do salário mínimo tem como base a soma da variação do INPC (inflação para população de baixa renda) no ano anterior, acrescido da taxa de crescimento real do PIB dois anos antes.

Ou seja: considerando que 2015 e 2016 foram anos de recessão, o próximo aumento real vai ficar no mínimo para 2019 (e isso se a lei não mudar nesse ínterim).

O valor do salário mínimo em 2018 foi definido em R$ 969 na última elaboração do Orçamento. Houve queda em relação a uma previsão anterior, que considerava uma inflação maior.

Isso causou a impressão de que o governo estava reduzindo o salário mínimo, o que levou o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, a publicar um vídeo nas redes sociais desmentindo a versão.

Consequências
Em um vídeo do ano passado, o economista Carlos Eduardo Gonçalves explica quais seriam as consequências práticas se o salário mínimo “necessário” do Dieese fosse estabelecido por lei:

“O que vai acontecer com a pessoa hoje empregada que ganha um salário baixo? (…) Você acha que elas vão continuar todas empregadas ganhando R$ 3.700 ou elas vão ser mandadas emboras porque a contribuição delas pro produto final da empresa não vale esses R$ 3.700?”.

Veja o vídeo:


Nota do Blog: Quando ouço sobre o real valor do salário mínimo para se manter uma família brasileira média (com quatro pessoas), lembro-me de quando o Partido dos Trabalhadores-PT era ferrenha oposição, e sempre dizia que o governo tinha condições de pagar um salário mínimo justo, mas quando tal partido se tornou-se situação, manteve a mesma ladainha de que poderia quebrar a previdência  se houvesse esse aumento real. Nota-se que era apenas propaganda retórico, com o fito de enganar os pobres trabalhadores brasileiros, que ficaram mais pobres após a passagem da onda vermelha pelo Palácio Central. 
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