19 de setembro de 2017

GOIÁS - PROSTITUTA TENTA GOLPE DE R$190 CONTRA SERVIDORA DO STJ

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Daniele Matos já tinha sacado R$ 4 mil, em GO. Segundo a polícia, ela pegou informações da correntista na web, falsificou RG e conseguiu dados da conta bancária usando a beleza e lábia.
Por Paula Resende
Daniele Matos é presa após tentar transferir dinheiro da conta de servidora do STJ (Foto: Paula Resende/ G1)
A prostituta Daniele Silva Matos, de 31 anos, foi presa na segunda-feira (18) após sacar R$ 4 mil e tentar transferir mais R$ 190 mil da conta de uma servidora do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Segundo a Polícia Civil, ela levantou informações da correntista na internet e usou da beleza para aplicar o golpe.

"Usava sempre o jeitinho. Primeiro, chegava bem vestida. Segundo, portando algum dado que identificasse a correntista. Então o que ela fez foi criar uma história simples para convencer a atendente. Ela tem lábia", disse a delegada responsável pelo caso, Mayana Rezende, da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Natural de Salvador, na Bahia, Daniele disse aos policiais que mora em Belo Horizonte e veio a Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, exclusivamente para concluir o golpe. Como a vítima era de Brasília, a estelionatária pensou que levantaria menos suspeitas em sacar o dinheiro numa cidade mais próxima.

Daniele estava hospedada na casa de uma amiga. A delegada informou que não há indícios da participação dela no crime.
Policiais recuperaram parte do dinheiro sacado e pertences de Daniele Matos (Foto: Paula Resende/ G1)

Planejamento
Inicialmente, a mulher fez buscas na internet para escolher um alvo com poder aquisitivo.

"Ela percebeu que a vítima era servidora do STJ. Segundo ela, 'de cara' , ela já imaginou que fosse uma pessoa com dinheiro na conta”, explicou a delegada.

Depois, também pela internet, Daniele levantou números de documentos pessoais da correntista. “Pela internet, ela conseguiu um termo de exoneração que constava RG e CPF. Depois disso, conseguiu falsificar o RG no nome da pessoa”, relatou.

Após todo o levantamento, Daniele foi a uma agência de Aparecida de Goiânia em busca de dados da conta da vítima para que pudesse solicitar um novo cartão.

“Ela foi até a instituição bancária dizendo que precisava fazer um depósito urgente e que estava sem os dados do cartão. Ela perguntou ao atendente: ‘Se eu te passar o CPF e o RG, você consegue pegar o número de agência e conta?'. Ele disse que sim e, a partir disso, solicitou um novo cartão e alterou o endereço de entrega”, relatou a delegada.

Foto tirada por câmera do caixa eletrônico mostra Daniele em banco (Foto: Paula Resende/ G1)
De acordo com os investigadores, a estelionatária solicitou o cartão no dia 8 de setembro. No dia 13, ela o recebeu e conseguiu alterar a senha.

Saques
Dois dias depois, na última sexta-feira (15), a mulher se deslocou a uma agência bancária de Aparecida de Goiânia e sacou R$ 1 mil. Segundo a delegada, a instituição estranhou a mudança de senha e o saque. Assim, entrou em contato com a correntista, que informou não ter realizado as transações.

O banco bloqueou o cartão que estava com Daniele. Sem saber, na segunda-feira ela voltou a outra agência de Aparecida de Goiânia para fazer a transferência de mais dinheiro, pois a correntista tinha mais de R$ 200 mil na conta.

“Ela tinha acabado de fazer um saque avulso de R$ 3 mil, que é feito sem a utilização do cartão, e estaria insistindo para fazer uma TED [Transferência Eletrônica Disponível] de R$ 190 mil, mesmo com o cartão bloqueado. Ela estava dando escândalo, pressionou o caixa”, relatou a delegada.

Após ser acionada pela instituição bancária, a equipe da Deic localizou Daniele a cerca de duas quadras da agência, quando esperava um carro. Os policiais apreenderam com a mulher R$ 3 mil, um celular, a carteira de identidade falsa e o cartão. De acordo com a delegada, ela já havia gasto os outros R$ 1 mil que havia sacado na sexta-feira.

Daniele será encaminhada ao 14º Distrito Policial, onde ficará detida até a audiência de custódia. Ela será indiciada por estelionato e, se condenada, pode pegar de 1 a 5 anos de prisão.

Delegada Mayana Rezende explica que Daniele conseguiu dados pela web (Foto: Paula Resende/ G1)
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