2 de maio de 2016

SOJA - CARGIL PREVÊ INVESTIMENTOS DE R$600 MI. ITAITUBA SERÁ AGRACIADA!!

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Cargill prevê investimento de R$ 600 mi no Brasil

MÔNICA SCARAMUZZO - O ESTADO DE S.PAULO

Infraestrutura portuária será o principal alvo da trading, 4ª maior exportadora do País

 
Estratégico. Grupo, comandado por Pretti no País, vai desembolsar R$ 160 milhões no Terminal de Exportação de Santos

Em meio a um cenário de desaceleração da economia, que caminha para o segundo ano consecutivo de retração, a americana Cargill, uma das maiores empresas de capital fechado do mundo, planeja forte expansão no Brasil. Impulsionada pelo complexo soja (grão, óleo e farelo), que deve movimentar cerca de R$ 174 bilhões este ano, a trading prevê investimentos de, no mínimo, R$ 600 milhões neste ano, sobretudo em infraestrutura portuária.

O apetite do grupo, que saltou da sexta maior exportadora do País em 2014 para a quarta posição no ano passado, encostando na sua principal concorrente, a Bunge, terceira no ranking, tem o respaldo da matriz americana – o Brasil é o maior exportador global de grãos e é considerado estratégico para a Cargill. “O grupo está no Brasil há 51 anos e todo investimento aqui é de longo prazo. O País é prioridade”, diz Luiz Pretti, presidente da companhia no Brasil, que faturou R$ 32,1 bilhões em 2015.
Um dos poucos setores imunes à crise, o agronegócio brasileiro da “porteira para dentro” é referência mundial em custos e eficiência, mas os desafios logísticos para escoar a produção a partir da região Centro-Oeste para o Norte ou para o Sul e Sudeste do País são grandes.

O grupo, que movimentou 28 milhões de toneladas em grãos no ano passado, deve desembolsar R$ 160 milhões no Terminal de Exportação de Santos (TES) – consórcio vencedor do leilão realizado no ano passado no maior complexo portuário da América Latina. A Cargill tem 40% da empresa, e sua parceira, a Louis Dreyfus Commodities (LDC), 60%.

Também na mesma região, a trading vai colocar R$ 18,5 milhões no Terminal de Exportação de Açúcar do Guarujá (Teag), em sociedade com a Biosev, controlada pela LDC. O investimento mais pesado, cerca de R$ 350 milhões, será no terminal da Cargill em Paranaguá (PR), que ainda aguarda aprovação da Secretaria Especial dos Portos.

SANTARÉM E ITAITUBA

A companhia deverá concluir ainda nos próximos meses a ampliação do seu terminal em Santarém, no Pará. No mesmo Estado, está em construção a Estação de Transbordo de Cargas (ETC), que terá capacidade de transporte para até 3,5 milhões de toneladas de cargas por ano em transbordo de caminhões para barcaças.

É no Norte do País onde se concentra o maior desafio logístico. Para o Sul e Sudeste, o transporte de grãos é feito pela malha da Rumo ALL. “A grande dificuldade é escoar a produção de grãos lá de cima”, afirma o economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, um dos maiores especialistas em agronegócio do País. “A saída seria a Ferrogrão.”

Esse é um projeto ambicioso, do qual a Cargill e suas rivais Bunge, LDC e Amaggi, juntamente com a empresa de estruturação de negócios EDLP, entregaram no ano passado proposta de interesse para a construção do trecho de 930 km ligando os municípios de Sinop, em Mato Grosso, e Miritituba, no Pará. O estudo avalia que o investimento necessário para colocar o projeto nos trilhos é de R$ 12,5 bilhões (boa parte financiada pelo BNDES).

“A expectativa é de que esse projeto seja destravado a partir de uma eventual mudança de governo”, diz Mendonça de Barros. Pretti prefere não fazer previsões. Apesar do forte interesse na Ferrogrão, diz que, se o projeto realmente sair do papel e o consórcio do qual faz parte for o escolhido, a Cargill vai avaliar “se e como deverá participar dessa empreitada.”

Saída
Em menor escala, a busca de saída pela região Norte também é objeto de interesse da nacional Caramuru, de César Borges de Souza. O grupo já está investindo cerca de R$ 50 milhões para levar sua produção de grãos em Sorriso (MT) ao Pará.

O projeto em andamento é a construção de uma unidade de transbordo em Itaituba (PA) e outro no porto de Santana, no Amapá. A companhia, maior usuária do transporte de cargas por hidrovias pelo trecho Tietê-Paraná, foi abatida pela crise hídrica em 2014.
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Um comentário:

Anônimo disse...

Agraciada com o que?
Quantos milhões de reais ele ganham passando por miritituba.
Quantos empregos uma empresa de gera. Eles so estao usando nossos recursos pra ficar ainda mais ricos ainda tem gente que se ilude com isso.
Uma empresa dessa depois de funcionado emprega no maximo 100 pessoas