27 de maio de 2016

CASO ESTUPRO CARIOCA - JOGADOR DE FUTEBOL, SUSPEITO, APRESENTA-SE.

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Suspeito de participar de estupro é jogador


(Foto: Reprodução/YouTube )

Apontado como namorado da menor vítima de estupro coletivo no Rio, Lucas Perdomo, 20, é jogador do Boavista, clube da primeira divisão do futebol do Rio. A Polícia Civil cogita pedir à Justiça a prisão dele e de mais três homens suspeitos de envolvimento no estupro. A polícia tenta identificar outros 29 homens -a menina, em depoimento, disse que ficou cercada por 33 homens armados com fuzis.

Ela disse que foi para a casa do namorado na madrugada de sábado (21), na comunidade da Barão, em Jacarepaguá. A partir daí, afirmou só se lembrar de ter acordando no dia seguinte, domingo, em outra casa.

A investigação teve início após um vídeo da jovem, nua e desacordada, ser postado em redes sociais na terça (24). Na gravação, um grupo de homens, em meio a risadas, toca nas partes íntimas da garota e diz que ela foi violentada por "mais de 30". Em 2009, a lei 12.015 foi alterada e passou a considerar, além da conjunção carnal, atos libidinosos como crime de estupro.

ADVOGADOS
Perdomo atua no clube desde 2014 como profissional. Com o final do Estadual do Rio, o jogador está de férias. Ele é filho de uma empregada doméstica e de um pastor evangélico, segundo companheiros de clube.

Os advogados do Boavista já acompanham o caso. O contrato de Lucas termina no final do ano. Caso seja comprovada a participação do atleta no estupro coletivo, o Boavista vai rescindir o contrato. Lucas estreou no time profissional em 2014 na Copa do Brasil. Neste período, ele marcou quatro gols pelo Boavista. O rapaz ainda não tem advogado constituído.

Polícia pede prisão de 4 suspeitos após estupro

A Polícia Civil do Rio pediu a prisão de quatro homens após a abertura de inquérito para identificar 33 suspeitos de estuprar uma adolescente de 17 anos em uma favela na zona oeste da cidade.

A investigação teve início após um vídeo da jovem, nua e desacordada, ser postado em redes sociais na terça (24).

Na gravação, um grupo de homens, em meio a risadas, toca nas partes íntimas da garota e diz que ela foi violentada por "mais de 30". Em 2009, a lei 12.015 foi alterada e passou a considerar, além da conjunção carnal, atos libidinosos como crime de estupro.

A vítima depôs à polícia na madrugada desta quinta (26) e contou que saiu de casa no sábado (21), à 1h, para ir à comunidade da Barão, em Jacarepaguá. Lá, encontraria um garoto de 19 anos com quem estava "ficando" e a quem identificou como "Petão".

Os dois se conheceram no colégio há três anos. A jovem contou que, ao chegar na Barão, foi para a casa do rapaz, onde ficaram sozinhos. A partir daí, afirmou só se lembrar de ter acordado no dia seguinte, domingo, em outra casa.

Segundo seu relato, estava dopada, nua e sendo observada por 33 homens armados de fuzis e pistolas. A polícia suspeita que eles integrem a quadrilha de traficantes de drogas que atua na região.

Entre os quatro suspeitos identificados pela polícia do Rio estão três rapazes que divulgaram imagens da menina na internet. O garoto com quem ela se relacionava também teve a prisão pedida.

DEBOCHE

"Essa daqui é a famosa 'come rato' da Barão", diz um homem no vídeo de 40 segundos, enquanto grava a menina inconsciente. "Mais de 30 engravidou [sic]", diz outro, rindo. Ao menos três vozes masculinas podem ser ouvidas debochando na gravação.

"Olha onde o trem bala passou. Do Marreta. É nós, trem bala Marreta", diz um deles, referindo-se ao grupo de traficantes do Comando Vermelho que controla a venda de drogas na comunidade e que é chefiado por Luiz Cláudio Machado, o Marreta, preso em 2014, no Paraguai.

Após os homens deixarem a casa, a adolescente vestiu uma roupa masculina e pegou um táxi para casa. Como não tinha dinheiro, a corrida foi paga por sua mãe.

Na terça (24), após saber que o vídeo estava nas redes sociais, a adolescente voltou para a comunidade e procurou pelo chefe do tráfico local. Segundo afirmou, queria recuperar seu celular, que havia sido roubado no morro. Seu depoimento sugere que ela também falou com o traficante sobre o estupro.

O criminoso, cujo nome não foi revelado, prometeu pagar o valor do aparelho em dinheiro e, segundo a jovem, afirmou que "procuraria saber sobre o estupro, porque ainda não tinha tomado conhecimento" do assunto.

À polícia, a vítima afirmou ser usuária de ecstasy e lança perfume, mas disse que não consumia drogas há um mês e que não o fez no dia em que foi atacada. Relatou ainda que estava "profundamente abalada" e que vinha sentindo "fortes dores internas, como se fosse no útero".

FAMÍLIA EM CHOQUE

Após o depoimento, a garota foi encaminhada a um hospital público no qual recebeu um coquetel de medicamentos para evitar doenças sexualmente transmissíveis. Também foi examinada no Instituto Médico Legal.

A família da adolescente, que é mãe de um garoto de três anos, soube do crime por meio de um vizinho, que telefonou após ver o vídeo na internet, na quarta (25).

"Chorei quando vi o vídeo. Choramos todos. Me arrependi de ter visto. Quando ouvimos a história, não acreditávamos no que estava acontecendo. É uma situação deprimente", afirmou a avó materna da adolescente.

"Ela não está bem. Está muito confusa. A coisa foi muito séria", afirmou. "Estamos muito fragilizados. O pai dela sofreu dois AVCs [Acidente Vascular Cerebral] no último ano", disse a avó. (Folhapress)

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