Político, na boa acepção da palavra, somente sobrevive se souber manter sua palavra, mas diferentemente do que rege as regras da boa política e boa vizinhança, o atual governo sempre se lixou para uma conduta ética em suas negociações, procurando sempre fazer prevalecer sua força econômica e policial. E diferente não ocorreu na negociação entre Sintepp e o executivo acerca de um projeto de lei-PL, de exclusiva competência do executivo, para que fosse incluído nesse PL as 25 emendas à lei nº. 2.485/2012 (PCCR) como negociação do reajuste salarial.
Mas foi surpresa para os Coordenadores do Sintepp, hoje na Câmara de Vereadores, ao saberem que o PL 006/2016 revoga a lei 2.845/2012 (PCCR), que trouxe vários ganhos à categoria, além de não conter os 25 itens propostos pelo Sintepp.
Além dessa 'pequena' maldade, o governo que se intitula de todos, manteve os mesmos salários para os professores instituído pela lei 2.847/2015 nesse PL-006/2016, apresentado à Câmara de Vereadores, fazendo apenas um control C + control V da tabela de vencimento base dos professores do educação básica, tal qual o filho de Lula, tendo a certeza que os edis iriam aprovar o PL sem ao menos lê-lo. As duas imagens abaixo, colocadas lado a lado, demonstram mais uma maldade do atual governo contra os professores.
Essa esperteza do atual governa lembra ao termo 'graciosa' usado pela Secretária de Educação ao se referir à pretensão de aumento salarial dos servidores da Educação!
Lei 2.847/2015, que deu majoração salarial |
É verdade que algumas categorias tiveram aumentos nos vencimentos base, mas também alguns tiveram aumento vergonhoso, como o caso dos motoristas de veículos pesados, que antes ganhavam R$1.241,99, mas no PL-006/2016, foram contemplados com o substancioso e generoso aumento de R$0,03, passando a ganhar R$1.242,02!
Porém, diante de toda essa 'peripécia', a Câmara de Vereadores, através da Comissão adequada ao assunto, irá colocar o acintoso PL para debate em conjunto com o Sintepp amanhã (10/03), às 10h, para que se chegue a um consenso quanto ao reajuste, pois o oferecido pelo "Governo de Todos', os 3%, não foi aceito pelo sindicato que representa a categoria educacional em nosso município, pois o art. Art. 93 (PCCR) determina que "Os vencimentos dos Trabalhadores da Educação serão corrigidos anualmente até o dia primeiro de fevereiro".
SAÚDE
Quem também está preparando as armas para um duro embate é o Sindsaúde, que não aceita nem sentar para conversar sobre reajuste de 3% oferecido pela PMI, informando a presidente do Sindicato que dia 15/03 irá reunir os associados para apresentarem propostas de aumento salarial, mas se a gestora não aceitar, irão fazer protestos no dia 22/03 e, conforme o desenrolar das negociações, podem grevar, igual aos servidores da educação.