PF indicia Samarco e Vale pelo rompimento de barragem em MG
LEONARDO AUGUSTO - ESPECIAL PARA O ESTADO
13 Janeiro 2016 | 19h 03 - Atualizado:13 Janeiro 2016 | 19h 03
Empresa que emitiu parecer atestando o funcionamento da barragem também foi indiciada; 17 morreram na tragédia
BELO HORIZONTE - A Polícia Federal indiciou nesta quarta-feira, 13, a Samarco, a Vale, controladora da empresa, e a VogBr por crime ambiental pelo rompimento da barragem de Fundão, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, no dia 5 de novembro. Até o momento foram confirmadas 17 mortes na tragédia. Duas pessoas ainda estão desaparecidas. A VogBr emitiu parecer atestando o funcionamento da barragem.
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O diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, além do responsável pelo monitoramento de represas da mineradora e gerentes da área estariam entre os indiciados. A corporação, no indiciamento, aponta apenas cargos, e não seus ocupantes. Vale não comentou o assunto. A reportagem não conseguiu contato com a Samarco e com a VogBr.
O indiciamento foi por poluição ambiental em proporção que afete o convívio humano. O rompimento da barragem poluiu o Rio Doce, atingido pela lama que vazou da represa, impossibilitando, por exemplo, a pesca. Além disso, deixou sem água cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo, onde o rio deságua.
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MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃOResgates em Mariana
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