A feira agropecuária desse ano tem sido mais comentada por causa dos altos preços que estão sendo praticados dentro do parque do que, propriamente, pelas atrações que o evento está oferecendo.
A reclamação do público é principalmente em cima do custo dos alimentos e bebidas, pois na praça de alimentação o preço dos produtos chega a dobrar se o cliente ocupar uma mesa do estabelecimento, e, conforme um comentário no whatsapp, cobraram R$4,00 para utilização de uma mesa e mais R$12,00 por um sanduiche!!.
Algumas pessoas com quem conversei consideram uma verdadeira exploração o que está sendo feito nesse ano dentro do parque. Os comerciantes, por seu lado, defendem-se justificando que os preços elevados são em razão do custo do aluguel cobrado pela coordenação da feira e, esse seria inclusive, um dos motivos que estaria afastando os pequenos produtores rurais da EXPOAGRO, que são vistos somente no projeto “Fazendinha”, uma iniciativa inovadora e digna de elogios, mas falta interação maior entre sindicato e o pequeno produtor para que este possa comercializar melhor seus produtos.
Outra crítica da grande maioria do público que vai ao parque somente em função do bingo, é quanto ao preço da cartela, que começou a ser vendida a R$80,00, depois subiu para R$90,00 e agora, está sendo vendida R$55,00. É claro que quem adquirir uma cartela agora vai concorrer a menos prêmios, mas a questão é que, quando as cartelas são colocadas à venda, a direção do sindicato nunca admite a possibilidade de reduzir o seu preço no decorrer da programação, e isso não deixa de criar certa sensação de injustiça nas pessoas que pagaram o preço inteiro da cartela em relação a quem comprou pagando somente a metade do valor inicial.
Mas mesmo com todos esses senões a EXPOAGRO de Itaituba ainda é o maior evento de negócios do município, que gera centenas de empregos durante a sua realização, mas a direção do sindicato precisa melhorar a sua gestão para não correr o risco de esvaziar o evento futuramente, pois mesmo o SIPRI sendo uma entidade de caráter privado, a Feira recebe recursos públicos, e a população tem o direito de saber como esses recursos são aplicados, uma vez que os preços dos produtos vendidos dentro do parque estão assustando os seus frequentadores.
Ressalta-se que, além desses preços altíssimos praticados no interior da Expoagro, ainda se paga ingresso para adentrar na Feira, mas sem ter nada em troca, haja vista que tudo é vendido no interior da Feira. Até para sentar e comer um alimento, paga-se! Também se paga para estacionar veículo em terrenos públicos utilizados por terceiros. Com menos de R$100,00, não se atreva, leitora(a), a ir para a Feira!
Agora, pergunta-se: Onde está a tão propalada e temida crise?
Adaptado de texto original de Weliton Lima, jornalista, comentário do Focalizando, quinta-feira, 08/10/2015
Postado por José Parente de sousa
