Há muito tempo diversas comunidades em Itaituba criaram eventos 'culturais' com o fito de 'divulgar' o potencial turístico-social de suas respectivas comunidades, além de gerar renda e emprego, mesmo que temporário. Assim, criou-se o Festival do Aracú e Piau, Festival do Tucunaré, Festival da Mandioca, Festival do Cacau, Festival do Tambaqui e Festival da Galinha. Mas deve haver ainda alguns festivais engatilhados, pois o que não falta são elementos 'culturais' para atender tal demanda, sendo que o animal da vez pode ser o urubu, tão em moda, tão em voga na nossa cidade. Quem se habilita?
Mas os elementos realmente culturais de nossa região, como boto, saci-pererê, matinta-pereira, cobra grande, mapinguari, mula sem cabeça e demais, foram totalmente esquecidos!!
Mas vamos voltar ao que realmente interessa, o Festival da Galinha Caipira realizado nesse último final de semana na comunidade de Vila Rayol, que fica à margem esquerda do majestoso e lindo rio Tapajós, para onde me desloquei para participar pela primeira vez de tal Festival. Comprei um pacote familiar no Portal Amazônia para sábado e domingo, onde fiquei hospedado, mas fui à vila para tomar banho e ajudar nessa geração de renda. Não foi uma experiência agradável!!
No sábado, por não ter muita gente, tudo transcorreu dentro da normalidade até chegar a noite, quando faltou energia por problemas nos dois grupos geradores, voltando a energia quase uma hora da manhã. Mas no domingo, quando houve um aumento absurdo de turistas, as mazelas apareceram: falta de planejamento e consequente falta de alimentação; falta de mesas para refeição; falta de bebidas geladas, pois chegou quase as dez horas da manhã do domingo; sujeira de toda espécie, em razão de não ter sido feito a limpeza no sábado; falta de ambulância, mas presença da Polícia Militar; falta de alguém da comunidade ou da prefeitura de Itaituba para coordenar ou distribuir folhetos quanto à consciência ambiental e falta, principalmente de um ou mais banheiros químicos, pois o único banheiro 'químico' feito de lona, quatro esteios e uma tábua no chão, ficava atrás das barracas do Miguel e da do tiro ao alvo, que era usado para todos os tipos de necessidades fisiológicas. Fezes, urina, papel higiênico e absorventes íntimos se misturavam aos pés dos visitantes!
Como complemento dessa 'organização', o senhor Sabá Tenente, mais uma vez, mostrou toda sua grosseria, falta de educação, urbanidade e civilidade com quem pagava seus serviços de passeio na lancha daquele. Relembrando, domingo passado, tal senhor se comprometeu em nos aguardar (este blogueiro e o Tibira) enquanto íamos comprar cerveja em São Luis do Tapajós mas, ao nos encontrarmos no meio do caminho, esse senhor foi embora! Agora, ao ser contratado por uma família, disse que somente iria fazer o frete após terminar sua partida de bilharito; após demorada espera, Sabá Raivoso já entrou na lancha nervoso, não completou o trajeto, deu uma guinada extremamente violenta na voadeira, quase causando acidente e na hora de atracar, mesmo avisado que havia crianças na praia, continuou em frente e, após atracar, literalmente, expulsou os visitantes, dizendo que não era moleque; e não aceitou o pagamento pelo passeio. Mas saiu em disparada rumo ao bilhar, que já estava fechado!
Muitos dizem que tal evento foi um sucesso! Mas como foi sucesso se ao meio-dia não tinha mais comida?
E como mais um complemento dessa organização, houve censura na utilização do microfone, que foi escondido para que 'opositores' ao atual governo nada falassem. Como sei disso? Pelo fato de requerer que fizessem um anúncio de placa do táxi que tinha 'fechado' o carro no qual este blogueiro se encontrava, sendo informado por um membro do atual governo que ninguém de fora ou tido como inimigo, mesmo sendo do governo, usaria o microfone no 'Show da Eliene' para fazer qualquer crítica! Não acreditei quando ouvi isso, mas tive a confirmação por outro membro do governo.
Mas para mim, tal festival só não foi pior por causa do pessoal do Portal da Amazônia, que soube ser profissional e competente no que se propôs a fazer; e foi esse pessoal do Portal que saciou a fome de muitos visitantes, tanto alimentar, espiritual e de conforto!, pois a comida havia acabado por volta do meio-dia na comunidade! E, mesmo encomendando meia galinha e meio frango assado, não havia lugar para comer e, depois de cancelar esse pedido e conseguir uma mesa na barraca do Miguel, fiquei à espera por quase uma hora para o preparo de tal 'penosa', para ser informado que não havia mais galinha!! Fui socorrido pelo pessoal da pousada da CCM!
Aqui ficam meus agradecimentos ao José Filho e Vanessa (esposa), ao Antônio, Reinaldo e Maria (esposa), pela excelente acolhida na pousada da CCM!
Imagens extraídas do WhatsApp do grupo Portal da Amazônia!