Itaituba, apesar de muitos acharem que não, ainda é regida pelas velhas práticas politiqueiras, onde o que prevalece são interesses escusos-pessoais-financeiros. Como exemplo do que falo, o primeiro turno das eleições gerais de 2014, quando várias ‘lideranças’, ‘caciques’, donos de ‘gado marcado’ tentaram impor essa suposta liderança aos eleitores e apoiaram candidatos de fora do oeste do Pará, candidatos estes claramente contra a nossa tão sonhada divisão territorial.
Mas
o intuito dessa postagem é falar sobre essa eterna briga entre os dois
abatedouros de Itaituba, Friara e Frivata. Quanto a essas lideranças, irei
falar em outra postagem e acerca do voto do medo.
Para
quem chegou há pouco em Itaituba e região, todos sabem a procedência da carne
consumida na mesa dos itaitubenses e, com a abertura das duas empresas acima,
ficamos mais tranquilos sobre a origem desse produto e seus derivados.
Sabemos,
também, que a questão da higiene quanto ao manuseio-exposição da carne pelos
açougueiros, sofreu alterações consideráveis para melhor. Mas, ainda há muito o
que se fazer, principalmente quanto à vestimenta desses trabalhadores!
Vamos
voltar à briga. Itaituba tem mercador consumidor para atender os dois
abatedouros, pois possui diversos supermercados de grande porte, centenas de
açougues e restaurantes, além de abastecer regiões garimpeiras mais próximas.
Mas apesar de todo esse potencial, seus proprietários não têm visão holística sobre
todo esse potencial consumidor, haja vista que se engalfinham em uma luta, que
traz como perdedores os consumidores, os mais prejudicados e tais empresários,
que têm que cumprir com suas obrigações trabalhistas (salários, INSS), fiscais
e judiciais (essas ações de F1 contra F2 e vice-versa, têm custas pois, paga-se
advogado e custas judiciais) e, sem dinheiro em caixa, tudo atrasa e resta aos
dois empresários recorrer à usura ou ao banco, que dá na mesma. Quanto à
população, na falta de carne bovina, consome frango e peixes. E os preços disparam
pelo aumento do consumo!
Diante
dessa briga ensandecida, sobram acusações levianas e perda de tempo, haja vista
que os dois trabalham, e desperdiçam tempo e dinheiro, procurando falhas no
concorrente, quando deveriam atentar-se para sua empresa e corrigir possíveis
falhas, que vão ficando pelo caminho. Entre uma dessas falhas, é a entrega da
carne aos açougueiros quase ao meio dia.
Enquanto
isso, se opondo grupo político A e B, onde se usam todas as armas,
principalmente as sanitárias, a população continua consumindo carne sem a
devida higienização. Basta o setor de Vigilância Sanitária comparecer aos
domingos na Feira da Cidade Alta (ruas 16ª e 17ª), quando diversos produtos de
origem animal são vendidos ao ar livre.
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Feira da Cidade Alta |
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Feira da Cidade Alta |
Nessa guerra, o grupo da prefeita 'pediu', e teve, a cabeça do Secretário de Meio Ambiente. Mas alguns (algumas também!) maledicentes dizem que eu tenho parte nesse 'pedido'!!
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Feira da Balsa |
Na
Feira do Porto da Balsa, animais e lixo têm uma proximidade perigosa com alimentos
in natura, além do esgoto a céu aberto; o Mercado Municipa Beira-Rio, por causa do total abandono, poucas pessoas têm coragem de fazer compras naquele mercado de peixe.
Tudo ali levar a crer que é mais um xiqueiro do que uma venda de peixes! Mas pela ausência da Vigilância
Sanitária municipal naquele logradouro, nota-se que esse setor da prefeitura
não tem preocupações com a população mais carente.