10 de setembro de 2014

ELEIÇÕES 2014 - MARINA DEFENDE NECA SETÚBAL, SUA BANQUEIRA!

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Eleições 2014

Marina sai em defesa de Neca Setubal e critica PT

ISADORA PERON E ANA FERNANDES - O ESTADO DE S. PAULO
10 Setembro 2014 | 14h 01

Após Dilma dizer que candidata do PSB é sustentada por 'banqueiros', ex-ministra diz que Maria Alice Setubal, coordenadora do programa de seu governo, é alvo de 'visão autoritária'

São Paulo - A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, saiu em defesa da coordenadora do seu programa de governo, Maria Alice Setubal, herdeira do banco Itaú. Segundo Marina, quando Neca, como ela é conhecida, colaborou na formulação de propostas para a campanha de Fernando Haddad (PT) nas eleições municipais de 2012, ela era vista como "educadora" pelos petistas e não como "banqueira".
"Quando foi para a Neca ajudar o candidato Haddad, participando de seminários, ajudando a fazer seu programa de governo, eles (os petistas) não a desqualificaram. Há uma visão autoritária de um setor da esquerda de que se você estiver a serviço deles, então você está ungido pelo manto de proteção. Senão, você passa a ser satanizado", disse a candidata, nesta quarta-feira, 10, após visitar um centro de atendimento a vítimas de violência doméstica na zona leste de São Paulo.
Na terça-feira, a presidente Dilma Rousseff, candidata pelo PT à reeleição, acusou Marina de ser sustentada por "banqueiros" em uma referência indireta a Neca. Segundo Marina, os advogados da campanha estão estudando que medidas legais podem ser tomadas para rebater o que ela chamou de "calúnias". "Em 2010, quem recebeu a maior quantidade de doações do Banco Itaú foi a presidente Dilma", afirmou.
Banco Central. A candidata do PSB também defendeu a sua proposta de formalizar a independência do Banco Central, criticada pela petista. A campanha de Dilma tem passado mensagens pela propaganda de TV de que essa medida poderia oferecer riscos aos ganhos sociais recentes da população.
"Um banco central autônomo é para controlar a inflação, adquirir credibilidade para o País voltar a crescer e preservar o emprego", argumentou.
Segundo Marina, a autonomia do BC sempre foi consenso desde a implantação do Plano Real, em 1994. Ela lembrou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando eleito em 2002, optou por manter a política econômica do governo do PSDB. "O presidente Lula até fez uma Carta aos Brasileiros dizendo que se comprometia em manter os instrumentos de política macroeconômica do governo Fernando Henrique. Tudo isso foi negligenciado pelo governo Dilma, a autonomia do Banco Central foi corroída na prática."
Questionada sobre a alteração de viés da classificação de risco do Brasil pela agência Moody's, de estável para negativa, indicando risco de o País perder o grau de investimento, Marina disse não ver como um excesso de rigidez da agência americana. "O Brasil precisa fazer seu dever de casa", disse ao repetir a promessa de resgatar o tripé macroeconômico, composto pelo regime de metas de inflação, responsabilidade fiscal e pelo câmbio flutuante.
A candidata relacionou ainda o tema da falta de autonomia do BC aos supostos desmandos e casos de corrupção na Petrobrás. "O Banco Central autônomo é fundamental para evitar que se aconteça o que acontece hoje com a Petrobrás, que perdeu metade do valor de mercado e está quatro vezes mais endividada."

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